Leão Valente e os jogos do ano!

De início pensei em eleger sete jogos que mais me chamaram a atenção em 2011, mas, consegui listar apenas seis. Então, fiquem felizes, pois é melhor do que escrever "AC: Revelations" sete vezes aqui. A lista está em ordem decrescente, ou seja, o melhor é o último!

ALICE: MADNESS RETURNS

Não joguei “Alice in Madness”, o jogo anterior lançado para PC, logo, não farei analogias sobre a continuidade. Esse novo jogo nos mostra um lado mais psicodélico da fábula de “Alice in Wonderland”, o lado que as versões atuais e infantis não contam. Uma vez uma professora de literatura me disse que as fábulas que são lidas para as criança de hoje, foram escritas para adultos. Por exemplo, a inofensiva “Chapeuzinho Vermelho” narrava um caso de violência contra a mulher, sobre o “lobo mau” e os malefícios do caminho mais fácil. Alice, falava sobre sonhos. Essa versão apresentada no jogo multiplataforma nos mostra como um sonho evolui para um estado esquizofrênico. O jogo possui gráficos bons, porém, longes da excelência. O clima gerado pelas cenas ainda na Inglaterra, com o céu nublado e a névoa que nos faz lembrar vagamente da velha Silent Hill é nostálgica. O jogo não foi desenvolvido para induzir ao medo, mas sim ao espanto. Vemos um jogo com cenários inicialmente infantis, que pouco a pouco se transformam em algo corrompido. Vemos sangue, vemos dor e sofrimento. O País das Maravilhas se transforma num pesadelo real. O que mais chama a atenção são as armas apresentada no jogo e o modo de combate, que foca a câmera em Alice de um modo que beira à perfeição. Os cenários perfeitamente construídos nos levam para dentro da fábula, seja na toca do coelho branco, ou nos castelos de cartas da Rainha de Copas.

CALL OF DUTY: MODER WARFARE III

Terceira Guerra Mundial para o PS3 e X360. Considero o jogo fantástico. A jogabilidade da série CoD é a melhor que eu vi em termos de primeira pessoa. Rápida, eficaz e precisa. Armas realmente legais, e um nível de ação que realmente “enche os olhos”. Os cenários extremamente bem construídos e o clima da guerra são perfeitos. A sequencia onde a Torre Eiffel é destruída impressiona. De longe, MW3 é o melhor FPS do ano.

FIFA 12

Gosta de futebol? É, eu também, e quem me conhece sabe como sou ótimo... assistindo, de preferência na poltrona da sala. Sem comentários, considero Fifa à um abismo de distancia do rival, o famigerado PES. Também em multiplataforma, é o modo mais fácil de apostar e ganhar dinheiro das pessoas.

BATMAN: ARKHAM CITY

Considerando o fraco índice de concorrentes, Arkham Asylum tornou-se o melhor jogo baseado em personagens de HQs. Jogabilidade  fantástica, um cenário muito bem construído, e além disso, uma trama muito bem escrita pelo veterano Paul Dini. Arkham City foi o passo seguinte. Ao invés do Asilo Arkham, temos agora um aglomerado de bairros que simulam uma cidade. O Doutor Hugo Strange, através de uma certa indução sobre o prefeito Quincy Sharp, levou os criminosos à essa prisão, murando os bairros e permitindo que vivessem por lá, sob a clássica lei da sobrevivência. Bruce Wayne se opõe, e paga um caro preço ao ser capturado durante uma entrevista coletiva. Já temos uma critica muito bem desenvolvida no blog, pelo Amante Felino, logo, acho desnecessário falar novamente sobre cada detalhe do jogo. Em sumo, Arkham City pode não ser o melhor jogo dessa geração, mas de fato é o mais detalhado. Jogabilidade, gráficos, cenários e personagens em um nível perfeito. Os jogadores de PC, X360 e PS3 agradecem.

FORMULA 1 2011

Para os amantes do automobilismo, acredito que esse é o melhor jogo já desenvolvido até hoje. Para multiplataforma, F1 2011 trás muitas inovações diante de suas versões anteriores. A Codemasters acertou a mão no jogo, de um modo que pareceu não ocorrer na versão anterior, em 2010. Com todos os circuitos da temporada de 2011 de Formula 1, o gameplay ao longo de uma temporada completa é espetacular. O modo carreira recebeu melhorias, e você de fato constrói uma personalidade nele, recebendo constantes entrevistas em sala de imprensa. Temos cutscenes mostrando a saída do carro após um Grande Prêmio, melhorando a sensação de realismo. O maior ponto positivo de um jogo do automobilismo de ponta é a construção de estratégias. Dessa vez (ao jogar numa dificuldade realista, obviamente) você de fato precisa manter-se atento aos pneus e mistura de combustível. O jogo não é tão preciso quanto os simuladores do PC, como o Rfactor, porém, fornece a melhor combinação de gráficos, jogabilidade e interação.

ASSASSIN’S CREED: REVELATIONS

Num ano de fortes concorrentes, vejo o desfecho da saga do lendário Ezio Auditore como o melhor lançamento de 2011. Sim, sou um fanboy chato. O jogo (lançado em multiplataforma para X360, PS3 e PC) segue como uma continuidade direta do ultimo lançamento, Assassin’s Creed: Brotherhood. Na trama, Desmond Miles – o protagonista nos tempos atuais – está em coma, e sua mente está se despedaçando. Com a ajuda do mítico Sujeito 16, ele aprende como reorganizar suas memórias através da máquina Animus 2.0, utilizada no maior estilo Matrix para a conexão com outra realidade através da memória genética de Miles. Bom voltando ao século XIV, conhecemos um Ezio mais velho. Mais de cinqüenta anos somados em habilidade e sabedoria. Ao contrário do Ezio dos dois jogos anteriores, movido por sede de vingança, dessa vez ele busca um verdadeiro sentido para lutar, e esse sentido vem através da sabedoria de seu antecessor, e maior Assassino da História: Altair Ibn-Al’ahad. Ele teria construído uma biblioteca em Masyaf, no Oriente Médio, lugar que outrora foi o lar da Ordem dos Assassinos. Não enxergamos o jogo através dos olhos de um jovem furioso, mas sim de um homem sábio, que viveu quase toda a as vida devotado a um ideal. A mudança de narrativa é instigante, e deslumbrante.  Assim como em toda a série, os cenários estão perfeitos. Dessa vez somos apresentados à Constantinopla, um lugar novo e conhecido pela diversidade cultural. O impacto trazido pela mudança de ambiente da Itália à Turquia é deveras incrível. Falar mais estragará a surpresa dos novos jogadores, então, apenas vos digo que Revelations encerra com chave de ouro a lenda de Ezio Auditore, com sobras o maior ícone da ficção italiana