28.12.11

DEZ COISAS que não gostamos nos Novos 52!


Como bem sabemos, a DC Comics iniciou um evento chamado "Novos 52", onde 52 titulos foram lançados, e parte da cronologia foi zerada. Levantamos pontos chave que consideramos negativos, em base do post feito pelo site gringo Newsarama. Temos divergências, claro, opiniões divergem. Abaixo, os dez motivos que nos fazem NÃO gostar dos Novos 52.

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10: Tudo ou Nada?
A primeira coisa a ser citada é a inabilidade da DC em decidir se os Novos 52, o tão aclamado reboot é um evento em escala total ou apenas uma revisão dramática das HQs. Os leitores ficam confusos com isso, pois às vezes fica realmente difícil saber o que ocorreu com suas séries favoritas.  Além da confusão, surge o fato de alguns títulos parecerem ter mais “reboot” que os outros, dependendo do sucesso de sua versão anterior. Batman e Lanterna Verde, tal como seus títulos relacionados seguem como se absolutamente NADA tivesse acontecido à suas encarnações prévias, enquanto o Superman teve uma redefinição total do personagem, por exemplo

9: Sangue, sangue e MAIS sangue! 

O rosto do Coringa. Clique para ampliar.
É impressão minha, ou alguém mais gosta de ver menos violência gratuita nos quadrinhos. O reboot foi animado, houve uma divulgação em massa e um resultado positivo no cash da DC, mas, ninguém avisou nos anúncios e entrevistas que os Novos 52 seriam ultra-violentos. Começou com o novo Coringa, que teve o rosto arrancado pelo vilão “Mestre dos Bonecos” em Detective Comics #1, e fugiu da prisão, como sempre. Não foi contra a violência nos quadrinhos, ela é parte das histórias de heróis, mas decaptações, desmembramentos e gargantas cortadas estão meio que, acima do necessário. Em Batwing nós vemos um quarto inteiro recheado com pedaços de corpos; em Mulher-Maravilha, cavalos são despedaçados. Como ia dizendo... eu não sou totalmente contra esse tipo de coisa, mas em pouco tempo chegou num nível alto demais. Parece que o sensacionalismo virou um fator de parâmetro. É parte da história, chama a atenção, mas está longe de ser o topo. DC, se quer nos chocar, não use cenas de violência tão explícita... nos choque com uma história extraordinária!

8: Novos 52... Temos os 52, e cadê os novos?

Etrigan. Clique e amplie.
O maior problema com os Novos 52 é que... bem, ninguém lá é realmente novos. São 52 versões reiniciadas de conceitos já existentes. Como exemplo, saiu um titulo novo chamado “Demon Knights”, mas que já possui personagens existentes como Entrigan, o Demônio (é, aquele cara chato das rimas). É só uma série de conceitos antigos com nomes novos, com aparências novas, e em alguns casos com uma continuidade jogada pras alturas.  





7: A consistência é a chave. Pera... não, não é!

A pérola do reboot.
Alguns dos títulos estão demorando um pouco para estabilizar seu novo status no novo Universo DC. Vemos uma única edição de “Superman” contar toda a história necessária para que possamos entender a situação do personagem e seu universo, sendo que a sequencia de novas edições apenas complementa e ajuda a desenvolver tal ponto de vista. Outros títulos estão demorando mais para chegar numa situação estabilizada no Universo DC. Olha só, a Liga da Justiça Internacional foi introduzida antes que pudéssemos ter uma idéia mais clara do que a Liga principal está fazendo no mundo.  Em uma citação na primeira HQ de “Rapina e Columba”, temos a revelação de que a Crise original ainda é válida, mas Barry Allen nunca foi casado com Iris West. Primeiramente, temos a informação de que o Superbou foi criado pela Cadmus e depois capturado pela NOWHERE, e no capitulo seguinte surge a informação de que a NOWHERE o criou. Se querem mudar as coisas, tudo bem, essa é a natureza da ficção, mas essa pode ser a hora para a DC começar a deixar certas coisas claras e não repetir o mantra do “você verá no futuro” para tudo.


6: O dia mais claro veio, foi, e as coisas seguem escuras.
LJA International.
Elementos sombrios tem seu valor, e algumas séries definitivamente se consolidam com eles. Por exemplo, o clima sombrio, a atmosfera de escuridão é básica de histórias do Batman, e encaixam-se perfeitamente no contexto de suas histórias. Em experiências novas, Aquaman vem se saindo bem. Mas, é mesmo necessário transformar a própria Liga da Justiça num grupo movido com essa atmosfera?

5: Um brinde à diferença... mesmo?

Ui, a Liga ficou dark.
Enquanto temos uma variedade legal de gêneros oferecidos pela DC, a maior parte dos heróis parece ter a mesma tonalidade de histórias. Com algumas exceções, não tem feito diferença mudar as capas de algumas edições, pois a essência da história parece a mesma. Tirando a seleção de heróis ícones, como os integrantes da Liga da Justiça, o restante das edições “menores” torna-se muito similar diante do leitor.


4: Vamos falar de sexo…


Do jeito que eu falo, nem eu acho ruim lo
É, literalmente. Vamos falar da Starfire tendo seus dotes provados pelos foras-da-lei. Ou a Mulher-Gato e Batman protagonizando uma cena basicamente explícita e conveniente. Ou o Asa Noturna no Mile High Club, ou Clark Kent visitando o apartamento de Lois Lane apenas para encontrar ela e o namorado “comemorando”.  Opa, que tal o striptease da Voodoo, que virou cena de crime? Temos alguns outros exemplos, mas, deixa pra lá. O que importa é que nenhum desses casos mostrou o que deveria, mas, o que não deveria. Não digo que atos sexuais devam ser excluídos da DC, mas, é algo que pode ser feito de um modo mais sutil. A apelação chega a ser extrema, como no caso do Batman, onde a DC parece ter o colocado em cenas tendenciosas com quatro mulheres diferentes para quebrar a imagem trazida pelos fatídicos filmes dos anos 90. Não precisa ser assim. Veja Hqs dos anos 80, tínhamos a incitação do ato sexual, mas de um modo muito mais sutil. Colocando cenas explicitas, desde diálogos diretos assim, a DC parece esquecer que possui um selo “livre”. “Sexo és vida”, como diria o Diário Marca, da Espanha, mas... precisa ser tratado com mais maturidade.

3: Enquanto isso na Batcaverna...

A Piada Mortal perde a graça.
Os quadrinhos são uma industria que move milhões de dólares na economia norte-americana, e uma investida como os Novos 52 foi digna de crédito. Numa época de baixas, o mercado de HQs recebeu um evento em escala total (total mesmo?), e, poderia ter investido mais? São apenas dois meses, e temos a sensação de que muito mais pode vir depois. A DC tornou-se líder no mercado de vendas, e tem aberto uma boa vantagem para a Casa das Ideias. Mas, os quadrinhos são uma industria que move milhões, e... como o reboot foi a solução para alavancar as vendas, poderia ser uma nova solução em curto prazo? A DC disse que “os Novos 52 seriam uma iniciativa que construirá e remodelará a industria dos quadrinhos”, e ainda diz. Se o construir tiver a ver com o dinheiro, bom, a DC lucrou demais. Mas... e o remodelar? Ainda esperamos essa parte.


2: Dejavu e o Exército de Um Homem Só!

Explode eles, Morrison!
Pra começar, HQs como Mulher-Maravilha e Lanterna Verde seguem a cronologia antiga, como se nada tivesse acontecido. Mas, minha ênfase não é neles, mas sim o Batman. Acredito que Grant Morrison foi muito desfavorecido com o famigerado reboot, e apesar do “Batman não sofrer mudanças”, o que não devia mudar acabou mudando. Bruce Wayne agora é novamente o único Batman, sendo que tivemos a recente publicação da saga “CORPORAÇÃO BATMAN”, onde Wayne recrutava vigilantes de todos os cantos do mundo. A saga estava consolidada, e entre as melhores de 2011, mas... A ordem editorial de que apenas um Batman bastava acabou com tudo. A série planejada para vinte edições ganhou apenas oito, e a volta ao mundo de Wayne acabou em Gotham antes da hora, pois existia a necessidade de vinculá-lo à cidade novamente. Das quatro novas HQs do Batman, duas (“Batman and Robin” e “Batman”) estão ótimas, “Detective Comics” está regular e “The Dark Knight” figura no top 3 reverso. Além disso, surgiu a informação oficial de que toda a cronologia do Universo DC iniciou-se à cinco anos. Em CINCO anos tivemos quatro Robin's, três Batgirls, Batman tendo a coluna quebrada e voltando à ativa, sendo levado à "morte! pela sanção ômega e retornando... enfim, é bom nem pensar a fundo ou você terá um nó no cérebro. Valeu mesmo a pena?

1: A única constante é a mudança.

Red Robin...
Quando falamos de começar um relançamento massivo, você essencialmente precisa fazer mudanças. Mas, algumas dessas mudanças em relação ao panteão de personagens da DC parecem ter ocorrido apenas para dizer “opa champs, olha isso aqui é novo!”. O maior exemplo são os personagens jovens. Superboy tem um visual novo, uma origem nova diferente de todas as associações passadas, e de fato não parece o mesmo das outras HQs onde ele está, como por exemplo nos Teen Titans. Tim Drake foi o terceiro Robin, e atualmente o Red Robin após uma massiva mudança de visual. A mudança de visual foi considerável, e teve um motivo muito bem explicado em suas divergências com o Batman. O visual original do Red Robin veio do “Reino do Amanhã”, o que aumentava ainda mais a conexão de Tim com o Bat-Universo, permitindo que ele também atue individualmente. A questão é que... após o reboot, fica realmente difícil relacioná-lo ao Batman, principalmente para os novos leitores. Tim teve muito mais a ver com Bruce do que os outros Robin’s, sendo um detetive que perdeu os pais e precisou trabalhar para se tornar um grande combatente. Ele é muito parecido com Bruce, e ao longo dos anos tornou-se o Robin mais próximo dele, numa relação paterna e de cumplicidade extrema. Ele foi o melhor Robin, e em seu novo visual e aparições toda essa conexão se perde. A única constante dos Novos 52 tem sido a mudança, e pode mudar eventualmente, mas... tem seguido a direção errada. Opa, não comecemos a falar de Wally West...
Opa, esse é o Robin? Mesmo? Serião mesmo? É?
  

- We must be over the rainbow.

5 comentários:

  1. É o que eu sempre falo, essas mudanças chegaram para confudir apenas os antigos leitores. Para os novos as antigas e importante sagas que conhecemos de 5 anos atrás por exemplo não vão fazer a menor diferença.
    Eu confesso que eu ainda não consegui definir se gosto ou não das mudanças, talvez porque eu precise de mais tempo para chegar a uma conclusão. Mas uma coisa que eu já venho dizendo é que a melhor novidade do reboot até agora é a fusão com os personagens da Wildstorm que estavam esquecidos e que por sinal eu sempre fui grande fã :D

    Vamos esperar pra ver.
    O post está ótimo, Ninja Californiano.

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  2. Volto minhas palavras apenas ao bat-universo.
    É incrível o nó que eles criaram nos títulos do Batman, ainda mais quando o assunto é "Robin's".

    § Dick nesse novo universo perdeu os pais com 16 anos e, consequentemente, foi adotado; se tornou o Robin. Se pararmos para pensar nos cinco anos do reboot, veremos que não sobrou pouco mais que 1 ano para cada Robin "estagiário".

    § Como não se tem nenhuma fonte de que Stephanie Brown exista nessa nova fase da DC suponho que dois anos tenha sido dedicado a um dos Robin (e aposto esse tempo no Dick), e os outros 3 anos divididos igualmente.

    § Porém, se Stephanie não existe Damian, nesse caso, não é o quinto Robin, mas o QUARTO MENINO PRODÍGIO.

    § Dick lutou ao lado do garoto como "Batman e Robin". E sendo que Damian foi o último, quem treinou e fez o juramento do garoto não foi o Bruce, mas DICK GRAYSON.

    Enfim, foi tudo feito para dá um nó em nosso cérebro como disse o escritor do post. kkkkk'
    A propósito: parabéns pelo ótimo texto. Muito bom.

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  3. Não tenho muito a falar sobre os novos 52, pois sou leitor assíduo apenas de Lanternas Verdes, como as HQs continuam seguindo como se nada tivesse acontecido... Eu confesso que estou satisfeito nesse quêsito. Mas falando desse reboot, eu não gostei de terem acabado com HQs de chars (characters) que tinham acabado de ganhar uma revista própria. Como a Corporação Batman e Lanterna Verde Guerreiros Esmeraldas. Além do mais como ficam os eventos de grande escala? Crise Final ou Crise Infinita? Dois Jordan’s? O da Liga reboot e o da HQ Lanterna Verde? DC, você está querendo dar tiuti em nosso cérebro?

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  4. O post realmente ficou muito bom.
    Minhas considerações sobre o reboot: a roupa da Zatanna ficou linda e a Coelha Branca surgiu (não que eu realmente ache que ela tenha algum futuro, até porque a TDK está digamos, como posso aliviar, uma merda).
    Talvez a fusão com os personagens da wildstorm seja um ponto positivo, mas honestamente não me abala muito.
    Acho que o sensacionalismo está pesando (como diria um amigo meu: pornografia e violência dão Ibope) e muito, mas o fato é que mesmo não gostando e tal, nós vamos continuar lendo. É uma verdade.
    Apesar dos pesares somos fãs desses heróis, e mesmo com as cagadas da DC as grandes histórias continuaram na nossa memória.

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    1. Em 2014 foram registrados mais de 15mil homicídio nos Estados Unidos
      Pouco mais de 14% do americanos te TP (transtorno psicológico) q contribui com cerca de aproximadamente 3% de seriais killers.
      Censurar algo q reportagens mostram, algo q é a nossa realidade.
      Não se trata de uma coleção para as novas gerações, mas sim para as gerações q cresceram e querem ver seus "passa-tempos" crescendo ao seu lado.
      Não é sensacionalismo, é uma exposição "exagerada" da realidade, por se tratar de seres sobre humanos e psicopatas extremos.

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