HOMEM-ARANHA 3
Primeiramente, eu quero dizer que eu gosto muito desse filme. É um longa-metragem divertido, com boas cenas de drama, uma temática interessante, muita ação, efeitos especiais ótimos e uma trilha sonora ótima. Contanto, o filme possui vilões mal desenvolvidos, mal aproveitados e desnecessários para o desenvolvimento da trama, uma conclusão que quase sai do contexto do filme, cenas de ação que não precisavam acontecer e para os fãs dos quadrinhos e desenhos do Cabeça-De-Teia, é simplesmente decepcionante o como personagem Eddie Brock(Ou Venom) e seu confronto final com o Aranha é mal aproveitado e não chega nem perto dos grandes confrontos entre esses dois personagens nos quadrinhos e nos desenhos.
Se existe um filme que marcou a minha infância de um modo inigualável, esse filme com certeza é "Homem-Aranha"(Spider-Man, 2001). Eu devo ter visto esse filme nos cinemas umas cinco vezes, e ainda o adquiri em VHS(Sim, na época ainda era popular) assim que lançou. Depois, fiquei extremamente animado para sua sequência, "Homem-Aranha 2"(Spider-Man 2, 2004) que mesmo não superando seu antecessor, se mostrou um ótimo filme conduzido pelo diretor Sam Raimi. Depois de um perfeito primeiro filme e uma sequência ótima, o terceiro longa se tornou o filme mais esperado de 2007. Mesmo sendo um filme consideravelmente legal, o filme simplesmente não foi o suficiente para agradar os fãs do herói e muito menos uma conclusão digna para a franquia milionária da Sony. "Homem-Aranha 3"(Spider-Man 3, 2007) mostra Peter Parker(Tobey Maguire) já mais amadurecido, se dando muito bem na vida e em sua relação com Mary Jane Watson(Kirsten Dunst). Mas, à medida que o sucesso e a aceitação do Homem-Aranha cresce, assim também vai o ego de Parker. Enquanto a peça da Broadway estrelada por MJ não faz muito sucesso perante as críticas, o Homem-Aranha cresce e cresce, e isso aos poucos destrói a relação entre MJ e Peter. Harry Osborn(James Franco) continua sedento por vingança pela morte de seu pai Norman(Willem Defoe), e agora que está ciente de que Peter é o Homem-Aranha, a relação dos dois sofre uma transição de amizade para rivalidade, e isso nos entrega uma das melhores sequências de ação da franquia. Enquanto isso, nos é apresentado Flint Marko(Thomas Haden Church), futuro Homem-Areia. Marko é mostrado como o verdadeiro assassino do Tio Ben(Cliff Robertson), o que é extremamente forçado e desnecessário, isso acaba sendo apenas uma desculpa para uma sequência de ação alucinante mais tarde entre o Aranha e o Homem-Areia. Já temos dois vilões no filme, porém nenhum dos dois é o vilão principal, e nem Eddie Brock(Topher Grace, que tenta salvar o personagem com um rancoroso e vingativo Eddie), o futuro Venom, é o vilão principal. O grande vilão desse filme é o simbionte, o alienígena que adere ao corpo de Peter e dá origem ao Homem-Aranha Negro, uma das figuras mais populares em todos os anos de Homem-Aranha nos quadrinhos. O modo como o simbionte é desenvolvido e aproveitado é excelente(Exceto por sua chegada sem explicação) e faz jus ao slogan do filme, "A maior batalha será interna". O filme consegue grudar o expectador à tela do cinema com o modo como o simbionte adiciona novas características ao Homem-Aranha e como isso afeta suas relações e seu status como o Homem-Aranha. Peter se torna uma pessoa vingativa, arrogante, egoísta e agressivo a medida que usufrui dos poderes que esta roupa negra lhe dá, e cada vez mais isso o afasta de seus entes queridos e faz os fãs do Homem-Aranha ver a ele de forma estranha. Seu chefe, J. Jonah Jameson(J.K. Simmons) tira proveito disso e juntamente ao vigarista Eddie Brock, leva ao público uma imagem negativa do Homem-Aranha. Temos no filme uma das cenas mais clássicas dessa saga nos quadrinhos, quando o Peter utiliza sua roupa negra pela primeira vez, e isso realmente vai causar um déjà-vu aos fãs do Aranha. A química entre Tobey Maguire e Kirsten Dunst permanece intacta, ainda é ótimo ver o casal nas telas como Peter e MJ. E falando nisso, para contribuir na destruição dessa relação, temos Gwen Stacy(Bryce Dallas Howard), nova colega de classe de Peter que se interessa por ele e pelo herói escalador de paredes, o que atinge Mary Jane de modo profundo. Eddie Brock pega mais rancor ainda de Peter ao ver que sua namorada Gwen está interessada no mesmo, e acabamos tendo um filme que envolve um "quadrado amoroso". O drama é muito bem aplicado na relação entre Peter, Eddie, Gwen e Mary Jane, mas Gwen está no filme somente para isso mesmo, de resto, sua personagem é desnecessária. Rosemary Harris está ali intacta com uma Tia May amiga e conselheira, uma personagem sempre importante para a trama. Depois um novo embate entre Peter e Harry, que pra mim é a melhor cena do filme; Uma cena com muita ação e ao mesmo tempo o drama necessário. A química entre Maguire e Franco é a mais interessante dessa fita pelo fato de que ela muda constantemente de estado, eles começam inimigos, voltam a ser amigos, passam para inimizade novamente e depois se reunem. A fotografia do filme é muito boa, ela se mostra de forma que destaca as cores mais vivas(o azul e o vermelho) nas cenas em que o Homem-Aranha está com sua roupa normal, e quando o simbionte entra em ação, ela já cai para um tom mais sombrio que acrescenta uma dinâmica muito importante para o filme. A trilha sonora, mesmo não sendo mais composta pelo ótimo Danny Elfman, continua ótima e mantém a identidade de dar a cada personagem importante(ou supostamente) um tema específico, até mesmo Venom tem seu tema. Contanto, todas as características boas do filme são relativamente pequenas perante as negativas; O filme já não passa mais a mesma emoção dos dois primeiros, e dentre os três vilões do filme(Harry, Homem-Areia e Venom) apenas Harry é realmente importante pra trama. O fato do Homem-Areia ter sido o verdadeiro assassino de Ben Parker é totalmente descartável para a trama, não era necessário pra que Peter mostrasse seu lado vingativo quando unido ao simbionte. Quase não tem nexo Venom estar nesse filme, o vilão do filme é a roupa-negra, logo o filme deveria acabar com Peter se livrando dela e Venom deveria ser apresentado como vilão principal no próximo filme. Se Venom continuasse mais um pouco no filme, o longa ia sair de contexto e ia se transformar em dois filmes dentro de um só. Além disso, o personagem Venom é extremamente mal trabalhado, ele não marca o filme como o Duende Verde e o Dr. Octopus marcaram os anteriores, ele não se refere a si próprio no plural e a voz de Eddie Brock não muda quando transformado em Venom. Quanto ao Homem-Areia, ele só está lá pra que houvesse uma vingança mais alucinante de Peter pela morte de seu Tio, mas isso é totalmente descartável. Já Harry é um vilão importante pro filme pelo fato de ter sido nos outros dois o melhor amigo de Peter, e agora é uma de suas maiores ameaças. Creio que a cena do último confronto no filme é boa apenas para podermos ver Harry e Peter lutando lado a lado. Quanto à mixagem de som, continua explêndida como nos outros dois filmes do Aracnídeo.
Conclusão Final: Entre erros e acertos, o terceiro longa-metragem do Cabeça-De-Teia é um filme divertido, com uma boa dosagem de humor que funciona, com cenas de ação deslumbrantes e efeitos especiais pelo menos bons. O erro do filme é dar muito destaque a personagens desnecessários como Gwen e Marko, e se desviar de seu contexto com a presença de Venom e com a luta final. "Homem-Aranha 3" acaba se tornando um filme mediano; divertido, mas não chega aos pés da perfeição de seus antecessores.
Nota: 6,0
Se existe um filme que marcou a minha infância de um modo inigualável, esse filme com certeza é "Homem-Aranha"(Spider-Man, 2001). Eu devo ter visto esse filme nos cinemas umas cinco vezes, e ainda o adquiri em VHS(Sim, na época ainda era popular) assim que lançou. Depois, fiquei extremamente animado para sua sequência, "Homem-Aranha 2"(Spider-Man 2, 2004) que mesmo não superando seu antecessor, se mostrou um ótimo filme conduzido pelo diretor Sam Raimi. Depois de um perfeito primeiro filme e uma sequência ótima, o terceiro longa se tornou o filme mais esperado de 2007. Mesmo sendo um filme consideravelmente legal, o filme simplesmente não foi o suficiente para agradar os fãs do herói e muito menos uma conclusão digna para a franquia milionária da Sony. "Homem-Aranha 3"(Spider-Man 3, 2007) mostra Peter Parker(Tobey Maguire) já mais amadurecido, se dando muito bem na vida e em sua relação com Mary Jane Watson(Kirsten Dunst). Mas, à medida que o sucesso e a aceitação do Homem-Aranha cresce, assim também vai o ego de Parker. Enquanto a peça da Broadway estrelada por MJ não faz muito sucesso perante as críticas, o Homem-Aranha cresce e cresce, e isso aos poucos destrói a relação entre MJ e Peter. Harry Osborn(James Franco) continua sedento por vingança pela morte de seu pai Norman(Willem Defoe), e agora que está ciente de que Peter é o Homem-Aranha, a relação dos dois sofre uma transição de amizade para rivalidade, e isso nos entrega uma das melhores sequências de ação da franquia. Enquanto isso, nos é apresentado Flint Marko(Thomas Haden Church), futuro Homem-Areia. Marko é mostrado como o verdadeiro assassino do Tio Ben(Cliff Robertson), o que é extremamente forçado e desnecessário, isso acaba sendo apenas uma desculpa para uma sequência de ação alucinante mais tarde entre o Aranha e o Homem-Areia. Já temos dois vilões no filme, porém nenhum dos dois é o vilão principal, e nem Eddie Brock(Topher Grace, que tenta salvar o personagem com um rancoroso e vingativo Eddie), o futuro Venom, é o vilão principal. O grande vilão desse filme é o simbionte, o alienígena que adere ao corpo de Peter e dá origem ao Homem-Aranha Negro, uma das figuras mais populares em todos os anos de Homem-Aranha nos quadrinhos. O modo como o simbionte é desenvolvido e aproveitado é excelente(Exceto por sua chegada sem explicação) e faz jus ao slogan do filme, "A maior batalha será interna". O filme consegue grudar o expectador à tela do cinema com o modo como o simbionte adiciona novas características ao Homem-Aranha e como isso afeta suas relações e seu status como o Homem-Aranha. Peter se torna uma pessoa vingativa, arrogante, egoísta e agressivo a medida que usufrui dos poderes que esta roupa negra lhe dá, e cada vez mais isso o afasta de seus entes queridos e faz os fãs do Homem-Aranha ver a ele de forma estranha. Seu chefe, J. Jonah Jameson(J.K. Simmons) tira proveito disso e juntamente ao vigarista Eddie Brock, leva ao público uma imagem negativa do Homem-Aranha. Temos no filme uma das cenas mais clássicas dessa saga nos quadrinhos, quando o Peter utiliza sua roupa negra pela primeira vez, e isso realmente vai causar um déjà-vu aos fãs do Aranha. A química entre Tobey Maguire e Kirsten Dunst permanece intacta, ainda é ótimo ver o casal nas telas como Peter e MJ. E falando nisso, para contribuir na destruição dessa relação, temos Gwen Stacy(Bryce Dallas Howard), nova colega de classe de Peter que se interessa por ele e pelo herói escalador de paredes, o que atinge Mary Jane de modo profundo. Eddie Brock pega mais rancor ainda de Peter ao ver que sua namorada Gwen está interessada no mesmo, e acabamos tendo um filme que envolve um "quadrado amoroso". O drama é muito bem aplicado na relação entre Peter, Eddie, Gwen e Mary Jane, mas Gwen está no filme somente para isso mesmo, de resto, sua personagem é desnecessária. Rosemary Harris está ali intacta com uma Tia May amiga e conselheira, uma personagem sempre importante para a trama. Depois um novo embate entre Peter e Harry, que pra mim é a melhor cena do filme; Uma cena com muita ação e ao mesmo tempo o drama necessário. A química entre Maguire e Franco é a mais interessante dessa fita pelo fato de que ela muda constantemente de estado, eles começam inimigos, voltam a ser amigos, passam para inimizade novamente e depois se reunem. A fotografia do filme é muito boa, ela se mostra de forma que destaca as cores mais vivas(o azul e o vermelho) nas cenas em que o Homem-Aranha está com sua roupa normal, e quando o simbionte entra em ação, ela já cai para um tom mais sombrio que acrescenta uma dinâmica muito importante para o filme. A trilha sonora, mesmo não sendo mais composta pelo ótimo Danny Elfman, continua ótima e mantém a identidade de dar a cada personagem importante(ou supostamente) um tema específico, até mesmo Venom tem seu tema. Contanto, todas as características boas do filme são relativamente pequenas perante as negativas; O filme já não passa mais a mesma emoção dos dois primeiros, e dentre os três vilões do filme(Harry, Homem-Areia e Venom) apenas Harry é realmente importante pra trama. O fato do Homem-Areia ter sido o verdadeiro assassino de Ben Parker é totalmente descartável para a trama, não era necessário pra que Peter mostrasse seu lado vingativo quando unido ao simbionte. Quase não tem nexo Venom estar nesse filme, o vilão do filme é a roupa-negra, logo o filme deveria acabar com Peter se livrando dela e Venom deveria ser apresentado como vilão principal no próximo filme. Se Venom continuasse mais um pouco no filme, o longa ia sair de contexto e ia se transformar em dois filmes dentro de um só. Além disso, o personagem Venom é extremamente mal trabalhado, ele não marca o filme como o Duende Verde e o Dr. Octopus marcaram os anteriores, ele não se refere a si próprio no plural e a voz de Eddie Brock não muda quando transformado em Venom. Quanto ao Homem-Areia, ele só está lá pra que houvesse uma vingança mais alucinante de Peter pela morte de seu Tio, mas isso é totalmente descartável. Já Harry é um vilão importante pro filme pelo fato de ter sido nos outros dois o melhor amigo de Peter, e agora é uma de suas maiores ameaças. Creio que a cena do último confronto no filme é boa apenas para podermos ver Harry e Peter lutando lado a lado. Quanto à mixagem de som, continua explêndida como nos outros dois filmes do Aracnídeo.
Conclusão Final: Entre erros e acertos, o terceiro longa-metragem do Cabeça-De-Teia é um filme divertido, com uma boa dosagem de humor que funciona, com cenas de ação deslumbrantes e efeitos especiais pelo menos bons. O erro do filme é dar muito destaque a personagens desnecessários como Gwen e Marko, e se desviar de seu contexto com a presença de Venom e com a luta final. "Homem-Aranha 3" acaba se tornando um filme mediano; divertido, mas não chega aos pés da perfeição de seus antecessores.
Nota: 6,0
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