22.2.12

Prepare-se Para sofrer em Palm Hotel

CRÍTICA com Spoilers

DEAD ISLAND



Demorou... Mas aqui está!

Dead Island foi um dos poucos jogos que sinceramente conseguiram me surpreender a cada segundo, com todos seus temperos para o bolo de zumbi amassado e massacrado em fogo maria mais lindo que eu já vi na minha vida. Trata-se de uma linda mistura de RPG com ação desacelerada em um mundo onde a jogabilidade é estilo Far Cry e o jogo é puro Left 4 Dead.


Eu realmente me surpreendi com a quantidade de estilos e tipos de jogabilidades diferentes abordadas em um jogo de estilo único e realisticamente, puro clichê. Afinal, este não é o primeiro jogo de zumbi onde você é um dos poucos sobreviventes de um apocalipse de mortos vivos que querem sua carne e seu sangue e você obrigatoriamente precisa sair a caça deles e encontrar outros isolados através de um ambiente base. Mas, em Dead Island, eles botaram este tipo de estória em um patamar muitíssimo mais complexo que qualquer anterior. 

Primeiramente, o que mais me chamou a atenção foi o modo de campanha online, algo que está começando a ser abordado nos jogos agora, assim como também foi aderido em Resident Evil: Operation Raccoon City (confiram a análise em 
http://blasterlizard.blogspot.com/2011/12/um-pequeno-sneak-peek-de-resident-evil.html) porém infelizmente, este modo, no entanto, neste jogo exclusivamente, é recheado de erros, bugs e  lags digamos assim, por se tratar de um modo online, cooperativo, onde há muitos problemas de texturas incluindo paredes fantasmas e aqueles chatinhos momentos onde seu personagem acaba se teletransportando de um lugar para o outro misteriosamente.


A pior parte disso tudo é que muitas vezes, isso acaba não dependendo somente da velocidade da sua internet e sim do estado do jogo, a quantidade de informações e o lugar onde cada pessoa se encontra, considerando o fato que os lugares vão sendo carregados separadamente, dependendo da visão de tela de cada um. Mas isso deixa de ser tão ruim quando é levado em conta que isso é raro de acontecer, e quando dá na telha de aparecer, não é por muito tempo.

Apesar deste defeito que o jogo trouxe, também pode-se tirar muitas qualidades, e portanto, muito proveito sobre este modo de Campanha Online. Como a oportunidade que a empresa teve de poder se empenhar mais e ver mais pessoas optando pela compra do jogo por conta da própria campanha. O que é um ponto positivo. Outra coisa é a facilidade que o jogador acaba tendo com uma ajudinha a mais, que sempre é muito bom, principalmente quando o jogo começa a avançar muito (depois de 20 horas de jogo, Dead Island fica terrívelmente díficil em modo solo) e fica bem complicado passar de algumas quests.

Além disso, no modo camapanha online, todos os 4 jogadores presentes na sala podem fazer as quests que quiserem e mudar para a do outro jogador, quando o mesmo pedir, a hora que quiser também. Assim facilitando uma maior imersão e também um contato melhor com os personagens.

Apesar de, diferentemente de Fallout, Dead Island segue com mais um tema arcade, ação mais generalizada, e não todo o esquema esquisito de combate e difícil entendimento onde poucos sabem jogar, como um RPG por exemplo (ou você vai vir com aquele papo de que qualquer um sabe jogar RPG? Eu por exemplo, tive muita dificuldade, e ainda tenho.) porém, este apesar de ser um jogo desafiador, como RPG ainda é fácil, logicamente que ele traz todos os elementos essenciais para que faça dele um RPG, mas ainda assim, ele é de fácil manuseio, como Skyrim, o que não é um ponto negativo, pelo contrário, o deixa ainda melhor e mais divertido de ser jogado.

Um ponto fraco desse jogo é as armas: não pela quantidade, não pela 'roubalheira' onde uma pistola é mais forte que uma M14 ou um soco é mais letal que uma espada ninja... Não é isso, é simplismente pelo fato de que pelo menos 77% do jogo você permanece nas espadas, facas e socos, ou seja, sem armas de fogo assim dizendo. Claro que as armas são muitas, variadas e contendo também muitos mods para melhorar seu equipamento, mas se você encontra uma pistola por ai, saiba que ela não vai durar muito tempo na sua mão, pois é EXTREMAMENTÍSSICILÍSSIMAMENTE DIFICIL encontrar munição para a arma, e isto é horrivel, pois no single player, os zumbis, quando tendem a ficar mais complicados e em maiores numeros, você requer armas que possam matá-los a distância, porém isso simplismente não existe, deixando o jogo extremamente difícil para ser jogado no modo solo.

Quanto a trilha sonora, ela consegue agradar, mas não é muito surpreendente, eu gosto da trilha sonora em jogos de zumbis, por que eles abordam o ambiente onde o jogo se passa e não o estilo de jogo, ou seja, provavelmente qualquer tipo de estilo de musica é perfeito para um jogo deste porte, onde com uma ambientação tão fantástica como a de Dead Island, que é sem dúvida o cenário mais bonito existente até hoje para um jogo de video-game, com toda a certeza possível, o jogo traz tantos lugares, como cidades, prisões, penitenciárias, florestas, matagais, praias e muitos outros lugares detalhadamente construidos, ricos em qualquer tipo de textura (modo solo) e iluminação! É simplismente fantástico a sensação de imergir em um completo apocalipse zumbi de "verdade".

Por fim, Dead Island é um RPG muito bom e eu também recomendo para os iniciantes, que querem experimentar essa nova sensação que é proporcionada por jogos Sand Box tão envolventes quanto DI, tudo é ótimo e perfeito: ambientação, dublagem, trilha sonora, dificuldade e história... Mas ainda sim, mesmo que divertido e bacana, perde pelo cooperativo.

Nota: 8.0
+
Ambientação + Dublagem + Trilha Sonora + Dificuldade + História + Quests
- Carisma dos Personagens + Cooperativo (Às vezes)

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