31.5.12

Dead Space 3 Imergirá das neves e não será só Clarke que irá se sucumbir ao terror novamente


PREVIEW ESPECIAL E CRÍTICA com alguns spoilers
DEAD SPACE / DEAD SPACE² / DEAD SPACE³
AS IMAGENS DOS 3 JOGOS ESTÃO DISTRIBUÍDAS ALEATORIAMENTE


Vários rumores bem diferentes circularam em torno de um dos jogos de terror mais épicos da história da última geração, fazendo o fio da nuca arrepiar, trazendo Isaac Clarke, um tripulante (ex-tripulante agora né?) da maior e mais conhecida nave mineradora da galáxia: USG Ishimura. E bem, considerando que esta matéria é um especial, então irei criticar os três jogos neste post! Então prepare-se pois a matéria será longa. Pegue seu refrigerante, salgadinho, ligue uma música aqui da Playlist (vou disponibilizar novos tracks) e mande brasa na leitura pois faz muito bem!

DEAD SPACE: Uma doce ilusão.
O primeiro jogo da série deu literalmente a entender que nem tudo que esperamos que seja é o que realmente é, e isso serve para o jogo inteiro em si, pois o clima e ternura envolveram este exato conceito: queremos surpreender o jogador a todo momento e em todo instante.

O jogo realmente funcionou exatamente dessa forma, inclusive, no começo do game, ao 'naufragar espacialmente' na USG Ishimura, uma espécie de transgaláxias do universo, uma nave gigantesca, que poderíamos até mesmo comparar com Prometheus (a nave de O Oitavo Passageiro) que servia de posto para os tripulantes decerem nos planetas próximos a que a nave estaciona para procurar por minérios já que toda a riqueza mundial havia se esgotado e o mundo não passava de uma grande 'bola vazia'.

Ai conhecemos USG Ishimura, uma nave que apesar de feia em sua estrutura e ambiente, ainda sim é bem eficiente, e inclusive moderna, o que envolve jogabilidade, que eu irei comentar mais tarde. A nave foi encontrada abandonada, pois poucos segundos antes de a sua nave cair, o piloto pede ajuda e informa a USG que estariam caindo em direção a ela, mas ninguém responde de volta. É ai que vai começar a tensão (ou seja, logo depois da primeira cutscene).
John Carver em sentença de morte no planeta Uxor.
O bacana é que a história do jogo não é contada por diálogos com o personagem, pois desde o começo até o fim, ele é completamente mudo, enfrentando todos os perigos de bico calado. Mas claro que isso não afeta o comprometimento da história, pois sua mágica é que a storyline é contada de maneira digamos não linear, onde você vai ver muitos vídeos passando em televisores, rádios, walkie-talk de pessoas que morreram, e as pessoas do outro lado da linha estariam gritando por socorro e lógicamente as pessoas que circundam você, que se baseiam em um homem, Benjamim Malthius (Hertzler) e uma moça, denominada por Kendra Daniels (Tonantzin Carmelo) que acompanham nosso engenheiro até os confins da galáxia. Porém logo depois, vimos que quem trouxe Isaac Clarke até a Ishimura foi algo maior que somente o destino. Sua namorada, Nicole (Iyari Limon) estava trabalhando ali e ele, em um impulso amoroso, corre para tentar resgatá-la.

Claro, tudo bem, os três sozinhos em uma espaçonave quase do tamanho da nave mãe alienígena de Os Vingadores, porém abandonada. Imaginam que não tinha como ficar pior não é? Mas sim, existe! Os tripulantes dessa nave a abandonaram por um motivo correto? Ninguém chegaria ali sem tripulantes e pilotos, mas a graça é a maneira que o jogo nos envolve utilizando pequenas mensagens subliminares para pensar: a nave não está abandonada, houve um genocídio aqui dentro. E é exatamente este genocídio que você encontra quando começa o jogo, logo nos primeiros minutos.

O jogo pede que você cumpra uma série de missões muito bem desenvolvidas pela EA Games, e além do mais, bem criativas, no modo história, só posso reclamar do fato que nosso personagem não fala, pois isto se tornaria pelo menos 10 vezes mais esclarecedor para os ouvintes de plantão entenderem a história mais fácil e não viver para procurar intels de informação por ai. O jogo possuí legendas em espanhol, inglês e francês se não me engano, e os áudios correspondem as mesmas línguas respectivamente. A dublagem é boa, eu joguei Dead Space tanto em inglês e espanhol (sou de descendência espanhola) e entendo muito bem a linguagem. Foi inclusive um alívio ver que assim como muitas pessoas estão dando tanto atenção para a língua brasileira, eles continuam ainda tentando melhorar suas dublagens escrotas. Quando o timing de áudio só posso criticar em relação ao envolvimento, pois lábios se mexendo ou barulhos humanos não iremos escutar ou ver, salvo nos VideoLogs do jogo e os barulhos de ossos e membros sendo destroçados, como os de Clarke. Fora isso, a mixagem está excepcional, os ecos muito bem feitos e colocados de forma sutil: ecos mais longos para grandes corredores e grandes salas e ecos pequenos e curtos para salas menores ou mais arejadas.

Isaac Clarke em ação em Tau Volantis com sua nova roupa e armas bizarras.
O jogo apesar de não disponibilizar diálogos com Isaac, ele ainda assim murmura e interage muito físicamente com o personagem, e o mais bacana, com o envolvimento. Voltando a explicar sobre o ambiente futurístico e moderno que eu havia comentado antes, todas as portas e aparelhos foram estabelecidos por uma conexão quase a bluetooth (a melhor comparação que pude dar) onde você chega perto de um dispositivo, e sua roupa mecânica no maior estilo Homem de Ferro se abre, liberando uma portinhola por onde dados são transmitidos para o dispositivo, que cumpre a ação desejada. Vejamos por exemplo portas, você chega perto delas e com um simples apertar de X ou Y (varia-se para console) e a porta abre, ou dispositivos onde você pode escolher o andar do elevador, o que abrir ou fechar etc. Isso de certa forma é muito legal, mas mesmo assim é monótono e chega a ser enjoativo ter que ver praticamente o mesmo tipo de ambiente toda santa vez em um jogo gigantesco.

Outra coisa bacana são os gráficos do jogo, que apesar de não ser a melhor coisa do mundo (me refiro a crítica de DEAD SPACE 1, não generalizem pois não cheguei lá ainda) mas sua engine é fantástica, ao visualizar holografias em sua roupa, você pode velas em 360º numa boa, e ainda consegue ver pela tranparência o Issac sobre a holografia como se fosse mágica, VidLogs também estão neste meio, fazendo com que você veja a imagem de forma invertida. Tudo isso é ótimo, os inimigos alienígenas sendo destroçados são fantásticos e as mortes além de sanginolentas, são muito bem feitas. Mas uma coisa que os produtores não permitiram no game que foi um ponto negativo para o jogo é a liberdade de movimento, que se resumem em apenas socar, atirar, função secundária, botão de ação, chutar, correr e mirar, stasis (congela seu inimigo através de uma força gravitacional artificial) e a telecinésia (não pense que é mágica, é um dispositivo levitador que possuí este nome).

Poxa gente! Os Necromorphs também tem o direito de quererem um abraço amigo.
As suas bugigangas são bem bacanas, contendo o stasis que é bem útil contra inimigos imortais, que não importe a caralhada de tiros ou explosões que recebam pois eles irão regenerar e a 'telecinésia' para resolver puzzles, acabar com armadilhas ou sobreviver a obstáculos. O jogo aproveita muito bem o que ele oferece, e oferece bastante, inclusive a capacidade de voar livremente pelo espaço em gravidade zero ou por espaços anti-gravidade de dentro da Ishimura. Porém não posso deixar de citar que mesmo o jogo sendo muito criativo e tudo o mais, ele ainda assim não inova em sua maneira de jogar além de leves momentos épicos que o jogo oferece como os bosses e as fazes no espaço.

Por fim e ainda abordando um último assunto é: (farei através de uma pergunta) Este jogo dá medo? Sim! E bote medo nisso, para os medrosos será um tanto quanto impossível jogar isso, pois o que Amnesia dá de medo e susto, Dead Space dá em tensão, em um mundo sem vidas, sem amigos, sem suporte, com excassos kits e objetos que tornam essenciais a caça por eles em um lugar onde Necromorphs (alienígenas que invadiram a nave) destroem tudo que encontram em seu caminho, para habiturem no Marker (minério alienígena que é a fonte para a sobrevivência deles e foi este tesouro que os humanos encontraram que os trouxeram para lá).

DEAD SPACE²: O terror está de volta
Com a sequência, o rumo do jogo mudou definitivamente. Agora Issac Clarke havia passado 4 anos em coma em Titan, a maior lua das 62 de Saturno. Ele foi trazido para lá 'em segurança' depois de ter escapado sozinho da tragédia de Ishimura, uau! Que ótimo, ele saiu de uma nave para ir para uma lua que ainda estava a centenas de anos luz da Terra, que gratificante! Tudo bem, é claro que Issac não poderia ter sido levado para a Terra pois Issac agora está morrendo quando o Marker afeta seu cérebro com informações alienígenas que não param de aparecer.

Desta vez a EA Games, juntamente com a Visceral Games (produtora de THE DIVINE COMEDY: DANTE'S INFERNO) produzem Dead Space II com o dobro de cuidado e carinho, e como ambas empresas são famosas por sempre ouvirem os fãs e a atenderem, eles trouxeram um modo online que será julgado a parte nesta crítica. Voltando ao assunto do parágrafo anterior, mas abordando ele mais precisamente, Issac, ao acordar do coma, em seu modo stasis procura primeiramente saber o que aconteceu com sua tripulação e quer respostas de onde ele tá, porém ele perde a memória, pois sua cabeça agora só sabe do que o Marker quer lhe mostrar. E o jogo começa sem nem pé nem cabeça em um manicômio, com um cara tentando te ajudar, logo depois de uma breve cutscene de interrogação.

Quem quer um pedacinho de bife intergalático?
O jogo começa de forma frenética, a única pessoa que verdadeiramente tentou te ajudar no game morre nos 5 primeiros minutos, dando aquela sensação de: OQUE SERÁ DE MIM AGORA? E é bem isso... Mas lembram que eu disse INTERROGAÇÃO anteriormente? Exatamente, em DS2 você pode falar, com direito a algumas pérolas e humor bem fraco, para não tirar o clima de tensão que o jogo alastra em todas as horas de duração da fita.

Além disso, bugs diminuíram neste game, o que já é um grande avanço, incluindo ambientes mais comuns para nós jogadores humanos (a não ser que você seja um Necromorph, daí DEUS ME LIVRE) como lanchonetes, shoppings, praças, alas de relaxamento, (opa! Claro, muito, senta lá Cláudia) escolas, a Igreja de Unitologia (explicarei sobre isso ainda neste post) e muito mais. Ah! E não poderia me esquecer que os gráficos melhoraram muito! Mas agora, VidLogs estão em CG, apesar de não parecer muito, pois o CG foi usado não para cobrir defeitos (já que em DS1 não existiam) mas sim para deixar os efeitos de holografia mais realísticos. MESMO ASSIM, Dead Space 2 é um jogo sem o mínimo de CG, tanto que, um dos pontos positivíssimos desta sequência é que todas as cutscenes são jogavéis e é necessário que você interaja em tempo real sem ao menos saber o que fazer para não morrer nas garras de um Necromorph faminto.

Os inimigos estão mais diversos, porém a dificuldade do jogo aumentou absurdamente, pois enquanto você demorava para se encontrar com um monstro novo, para se adaptar ao anterior, neste, você é capaz de lutar com 30 espécies diferentes e somenta na primeira hora de game, praticamente todos do game passado já haviam passado por ali.

The Hive Mind
O jogo também aumentou muito de tamanho (é necessário 2 CDS pro X360, e isso não se deve a gráfico pois Dead Space apesar de bonito, não tem gráficos espetaculares assim como Castlevânia), e variou bastante em suas missões, trazendo Quick Time Events muito mais elaborados, bosses mais épicos, momentos mais tensos onde imaginamos que Isaac é o perfeito Nathan Drake do espaço e os detalhes foram incrementados com muito capricho (dou destaque para o capítulo 10, onde você deve reentrar na Ishimura completamente celada e destruída, com um ar de pelo menos 100 vezes mais assustador).

A história do game ainda sim não se baseia somente em aliens, assim como eu havia dito na primeira parte desta crítica. Mas sim em um todo, onde a história acaba se tornando finalmente linear a primeira e os intels apenas um extra para que ela se torne mais rica e divertida. A namorada de Isaac, Nicole, sofreu um trágico acidente no primeiro game, e descobrimos que ela havia morrido há muito tempo antes de Clarke ter chegado na nave (OUPS... SORRY... SPOILERS) e que ela havia sido o tempo inteirinho do primeiro jogo, apenas os primeiros sintomas da presença do Marker no cérebro de Clarke. Porém as coisas pioraram, Issac, se sucumbir a namorada, é capaz de se matar, e muitas vezes ela se torna um boss, mas na verdade, quando você a vence, você percebe que estava lutando com si mesmo e a melhor forma de vencê-la é ficar sóbrio diante desta realidade.

Não creio que achei defeitos para este jogo, e adorei experimentar o modo mais difícil do game, onde você não tem checkpoints nenhum, morre entre 3 ou 4 ataques, munição e vida se torna quase impossível de se encontrar, e o pior de tudo, durante todo o game, você só pode salvar........ 3 VEZES.

PS: Eu disse que iria falar o que era a Igreja de Unitologia não é? Bem, de forma clara e simples é apenas um bando de retardado que acreditam que o Marker é o iluminador, e que ele pode salvar o mundo da destruição, quando nos juntarmos aos Necromorphs (eles transformam os humanos em necromorphs depois de morto, portando, quando ver um necromorph suspeito, desmembre ele e todos os humanos mortos por perto).


DEAD SPACE³: Futuro novo em Tau Volantis
Além de nos ferrarmos frenéticamente duas vezes no espaço na pele de Clarke, uma terceira ainda não é suficiente para a Visceral e Eletronic Arts. Ontem, dia 30/05/2012, o teaser trailer de Dead Space 3 foi lançado, juntamente com algumas imagens (a primeira imagem do post está entre elas) e eu posso dizer que o jogo está simplismente espetacular.

Mais uma vez pudemos ver que a EA ouviu seus fãs, e agora, além de um multiplayer, um modo co-op está envolvido, o que leva a crer (e que já foi comprovado) é que Isaac não será o único personagem jogável da campanha e que John Carver, o novo personagem, será tão letal como Clarke, porém bem mais sombrio.

A história passa no planeta gelado de Tau Volantis, em uma das estações de EarthGov (Governo da Terra em planetas estrangeiros) há milhares de anos luz. E quando Clarke está indo a caminho da Terra, o sistema de sua nave falha e o leva para outro lugar, fazendo ele cair acidentalmente em Tau Volantis, provocando uma reviravolta em EarthGov. Além do mais, depois de fugir de um manicômio e trazer os necromorphs para a estação Titan, nada mais justo do que um mandado de prisão para Clarke, porém ele vem em boas intenções, salvar as pessoas que estão sendo atacadas por uma nova espécie de alienígenas, também descendentes de Necromorphs, porém mais inteligentes, chamadas de Hive Mind pelos humanos.

Não se tem detalhes da história em si do jogo, mas de uma coisa eu posso dizer: Marte, é um dos planetas que Isaac passará até finalmente poder voltar a Terra e descansar....... Ou não.



NOTA DEAD SPACE: ● ●  (3/5) - Bom
NOTA DEAD SPACE 2: ● ●  ● (4/5) - Ótimo
Um jogo de terror excelente! Que visa melhorar a cada título

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