18.8.12

Dear Esther: Um RPG diferente que nos prende em uma história longa de amor em ambientes simplismente fantásticos.




CRÍTICA
DEAS ESTHER

Dear Esther, para quem não sabe (e muitos provavelmente não irão saber) foi o jogo que revolucionou a forma dos jogadores de verem RPG. Aliás, os poucos que sabem sobre este jogo irão dizer que ele foi feito pela TheChineseRoom (mesma criadora de Amnesia: Machine for Pigs, que por sinal será lançado dia 30 de Agosto agora), porém a história vai muito mais além, e eu já irei explicar como ela é.

A versão atual deste jogo realmente foi feita pela TheChineseRoom e lançada em fevereiro deste ano como um jogo Indie de RPG para sites como Desura e Steam. Porém o jogo original era totalmente gratuito por ter sido um mod de Half Life 2, ou 1 pois não me lembro agora exatamente. O jogo tinha como idéia trazer uma concepção diferente de jogatina, levando aos jogadores a mais vivenciarem a história como se fossem eles mesmos do que decidir a vida do personagem já construído dentro do jogo e é ai que a mágica acontece, pois a versão nova conseguiu realizar este feito com mais êxito do que a versão original.
Em questões gráficas, Dear Esther não peca em absolutamente nada, é o gráfico mais realístico que eu já vi, porém neste jogo em questão, seu gráfico é o de menos, pois é totalmente inútil sem a explêndida sonorização do game, com todas as suas centenas de efeitos sonoros para cada ação do jogador.

O gráfico é caprichado do começo ao fim, em suas 4 quests principais (afinal, isso ainda se trata de um Role-Playing Game, então eles não poderiam deixar de colocar os fatores básicos que compõem um jogo neste estilo) e ao contrário de muitos jogos que vi os produtores acabarem pecando no capricho conforme o jogo prosseguia (como Resident Evil 5), Dear Esther é simplismente belíssimo e muito bem enriquecido e detalhado em cada polígono do game.







"Uma ilha deserta... Um homem perdido... memórias de um acidente fatal... Um livro escrito por um explorador que já está morrendo" é a definição perfeita para o que acontece na história, que envolve uma dinâmica parecida com a do filme Náufrago onde o protagonista acaba tendo que viver sozinho em uma ilha, sem ninguém para dialogar e começa a pirar. O mesmo acontece aqui, porém muito pior. A sanidade do personagem é afetada constantemente durante o jogo, e muitas vezes o ímpeto suicida dele pode acabar fazendo com que acidentes ocorram.

O final do game, sem dar muitos spoilers, é surpreendentemente fantástico e ao mesmo tempo abre nossa imaginação para discutirmos o que acontece com o personagem de fato. É uma história linda onde os principais objetivos do jogo envolvem uma busca implacável por respostas e a sobrevivência acima de tudo. Um jogo simplismente fantástico e um trabalho belo acima de tudo.

Por fim, Dear Esther não pode ser realmente considerado como um game, nem ao menos um RPG. E digo o por que: se você estiver procurando por coisas para interagir ou bichos para matar, pode esquecer. Nem gaste seu dinheiro com o jogo, pois você iria se decepcionar. Dear Esther é simplismente um RPG de busca sem nem ao menos ter o estilo point and click, onde sobreviver e refletir sobre o decorrer das coisas é algo que irá prender você até a conclusão deste game poético e absurdamente bonito! Simplismente nota 1000!

NOTA: ●    ● (5/5) - Imperdível
Querida Esther... Não foi culpa dele... A bebida é algo que afeta as mais obscuras lembranças e nos faz perder a cabeça para as mais doces sensações.

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