22.3.12

John Carter mostra que até a Vida é algo relativo quando se trata do Planeta Vermelho


PREVIEW E NOTÍCIAS com spoilers
JOHN CARTER
ENTRE DOIS MUNDOS

Esta Critica contém cenas do filme 'sem cortes' que podem ser julgadas como spoiler

John Carter: Entre Dois Mundos é sem a menor sombra de dúvidas o filme mais brisado, fumado, louco, esquizofrênicamente maluco que eu já pude tentar entender feito pela Disney. Mas todos esses adjetivos citados, são um ponto positivo para o filme. É muito bacana você ver, que pelo menos, diferentemente dos jogos, onde hoje em dia, apenas o multiplayer monótono é levado em conta, que ainda existem bons roteiristas e bons diretores por ai, que conseguem levar um trabalho adiante, inovando de todas as formas. Desde a fotografia, sem relances muito complicados, uma cinematografia simples, atuações muito boas, um elenco forte e personagens muito bem aproveitados.

Iremos começar pela história, que já começa apresentando uma introdução bem confusa ao filme, que na minha opinião, não precisava estar lá, sinceramente, foi uma das poucas cenas que não fez o menor sentido. Ninguém precisa se uma introdução na qual mostra o problema central da história se iniciando, eles simplismente poderiam colocar essa cena em qualquer parte do filme, menos no início. A cena logo depois dessa sim pode ser considerada a verdadeira introdução do filme.

A fita apresenta idéias geniais, principalmente a de que Marte é um planeta completamente normal e muito bem possível de ter condições de vida, ou seja, que tem água abundante e que também possui oxigênio, o fato não é explicado no filme diretamente, apenas abordado. Mas a história em si começa quando nosso personagem John Carter, até então morto, deixa um diário para o seu advogado, que é indicado para ser entregue ao seu sobrinho, e que somente ele poderia ler o que continha lá dentro. Apartir dai, a história de Carter se torna relevante, e mostra que a personagem se trata de um explorador, que começa a simplismente simplismente cavar minas por ai, procurando por mais um dos seus artefatos curiosos e riquezas, um antigo hobby desde que sua mulher, havia sido cruelmente assassinada. Não se pode chamar John C. como um Indiana Jones da vida. Carter está mais para um ladrão furtador de tesouros alheios.



Porém, ao ser preso e feito de prisioneiro por um dos donos de tesouros roubados, Carter é obrigado a fugir pela Terra de Virgínia, sua cidade natal. Onde é abordado por índios e pelos 'cavalheiros' locais, então, junto com o assaltado, os dois acabam tendo que fugir e se ajudarem para escapar da emboscada, desde ai, Carter acaba entrando em um lugar completamente errado, na hora mais errada possível: um templo de uma antiga juridição que é chamada de guardiões, eles guardavam a relíquia que poderiam guiá-los a qualquer lugar, controlar qualquer tipo de força, se transformar em qualquer tipo de ser ou pessoa, e além disso, a capacidade de controlar as partes do corpo humano como desejar. Isso de cara é tratado como algo ótimo para Carter, mas se torna um problema, ao tocá-lo, Carter acaba acidentalmente indo para o planeta vermelho, onde descobre que tudo era uma mentira.

Com seu novo lar, Carter vê que com a gravidade de Marte e as alterações da atmosfera, sua massa muscular reage de forma diferente, apesar de não alterar sua forma, tornando-o muito mais forte, e lhe dando a oportunidade de pular muito mais alto. Isso leva aos produtores e ao roteirista a explorarem muita coisa com o ambiente de Marte, ainda bem, que apesar de tudo, o filme ficou muito bacana nos efeitos especiais. Principalmente com os aliens e monstros, e lógico, o maravilhoso cachorrinho marciano.




Quando eu assisti a fita no cinema, alguns dias atrás, a partir do segundo que o filme começou, eu realmente me vi assistindo um filme da Disney, literalmente, eu pensei que seria mais um filme do tipo: Príncipe da Persia (não me julgem mal, eu amei o filme), mas John Carter é muito mais que isso, ele é o primeiro filme live action da Pixar Studios, isso já mostra que o diretor de Procurando Nemo, Andrew Stanton, que também dirige 'Entre Dois Mundos'. Outra coisa é que o personagem, no inicio do longa, e em algumas cenas, parece ser bastante inspirados em dois jogos que para mim, são relíquias também, são eles The Darkness e Red Dead Redemption, e você percebe isso perfeitamente no trailer se você já jogou algum deles.

Quanto a trilha sonora, essa sim marcou bastante presença. É dificil você ver trilhas sonoras diferentes hoje em dia, mas quando você descobre que seu compositor é o mesmo de Lost e de Missão: Impossível - Protocolo Fantasma, você percebe como as coisas sempre são explicadas de alguma forma né? A Trilha Sonora é simplismente fantástica, um tom de fantasia e melancólico, por conta do filme não abordar um tema muito infantil, porém ainda sim muito divertida e bem presente na trama.

A fotografia também é um ponto bem interessante, pelo fato de ser bastante simples, eles mostram o que deve, sem fazer muito jogo de câmera, algo que a maioria esquece de fazer ao tentar filmar das maneiras mais diferentes possíveis. Em 'Entre dois Mundos' você é capaz de ver tudo o que acontece durante o filme, sem se confundir durante a troca de cena entre uma e outra.

Os efeitos computadorizados são espetaculares assim como os de Avatar ou outro filme que chegue ao patamar deste, os aliens são altamente detalhados, o cão e os monstros, as naves, tudo é feito com muita riqueza, inclusive o ambiente, algo forte que também foi investido em Avatar. Para falar a verdade, eu preferi muito mais este filme do que Avatar, porém, ao contrário dele, John Carter, eu já não coloco muita fé como vencedor de um oscar, talvez como de efeitos especiais, ou trilha sonora, mas não de melhor filme. Eu acredito que Avatar tinha este potencial por todo o carinho que James Cameron teve ao produzir o filme. Mas, em relação a história e ao humor, sem dúvidas nenhuma, é John Carter o vencedor dessa bolada.

Por Fim, John Carter: Entre Dois Mundos é um filme espetacular baseado em uma obra literária: 'Uma Princesa de Marte' de Edgar Rice rica em criatividade, e emoção, onde cada segundo, parece ser mais desafiador para John Carter, que se encontra na
terra de ninguém. Ah! E não posso me esquecer do 3D, que além apesar de não estar constante, é realmente intenso quando surge na telona, e na telinha também.

Nota: 8.6
+ Criatividade + História + Figurino + Ambientação + Trilha Sonora + Efeitos Especiais + 3D
- Introdução desnecessária para o filme.

Aqui está uma cena especial que eu escolhi para divulgar na Blaster Lizard, para quem não assistiu e não quer spoilers, pare aqui e divirta-se lendo nossas outras críticas.



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