4.3.12

BL Clássicos: Pink Floyd - The Wall

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CRÍTICA com Spoilers
PINK FLOYD - THE WALL (1982)

Pink Floyd - The Wall nada mais é do que um musical altamente melancólico e depressivo, porém, ironicamente, recheado de humor, um humor negro, é claro. A fita é de 82, que retrata a vida de um pobre garoto dos anos 70 chamado de Pink, que sofre por conta da morte do pai, causada na Segunda Guerra Mundial, ele vive a uma base chorona e entristecida, onde lembranças do acontecimento o atormentam constantemente. The Wall na minha opinião, deve retratar ao Muro de Berlim, caso eu fosse pensar pelo lado nazista, que foi a principal causa óbvia da guerra.

Pink (inspirado logicamente na banda, título do filme) é um astro do Rock que vive em um quarto de hotel a beira de um colapso mental. O diretor do filme, Alan Parker, consegue com êxito trazer essa magia gótica do filme, e mesclar com as músicas da banda de uma forma que o filme consiga ser ainda mais assustador, dando aquela impressão que o filme parece mais uma lavagem cerebral que outra coisa.

O título mostra que o personagem está sofrendo o tempo todo, até mesmo depois de adulto, quando ele acaba se casando com uma bela moça, mas que o trai e o abandona, deixando-o sob mais uma horda de pensamentos terríveis que o levam a questionar o porque tudo isso acontece com ele. Pink tem uma mãe que é mais uma coruja, do que uma mãe de verdade, sempre o escondendo da verdade, e querendo preservá-lo de um mundo cruel como o que é lá fora.

O filme ainda conta com uma boa parte ilustrativa, representando clipes da música The Wall, e Another Brick to the Wall, de Pink Floyd. A parte artística do filme é bem sombria, e em todo caso, é muito bem feita também. O filme, apesar de ser musical, consegue passar muita coisa através de sua história, além das mensagens ocultas impostas pela trilha sonora que é mais baseada em temas de guerra, relações familiares e escolares, como a primeira parte da música The Wall, que me lembra muito bem aquelas rebeliões feitas na escola ao perfeito tema We'll Rock You.

O filme é recheado de cenas tensas e uma das prediletas é a de Pink sendo consumido por vermes, que logo o transformam em um nazista (é claro que isso também faz parte de uma das suas alucinações comuns). O filme é muito bem fotografado, desde as cenas mais simples, até as mais complicadas, incluindo as loucuras de Pink, e as poucas cenas de ação frenética do filme. O blockbuster é dividido em vários atos, cada um deles correspondendo a uma parte do clipe de The Wall, uma delas remete a sua infância e ao trágico periodo escolar, outra, remete ao seu namoro, e outra é representada pela guerra. É incontestável que o filme faz você perceber como as pessoas podem ser tão ordinárias.

Quando o filme começa a levar mais para o lado da guerra, trazendo cenas dos campos de concentração, do Reich e de outros edifícios e pessoas que marcaram a guerra, vemos em uma das cenas judeus sendo levados em um trem para os campos de concentração, mas quando seus rostos aparecem, dá a impressão de que todos eles são na verdade gêmeos, representando a idéia nazista de que todos que não eram arianos, eram iguais e inferiores.

Por fim, o filme nos faz pensar muito sobre a insanidade humana e sobre o quanto somos loucos na verdade, e tudo é muito bem feito... Definitivamente, a história é passada da forma que deve ser, objetiva, apesar de não ser tão precisa, e isso tudo é acompanhado das melhores músicas de Pink Floyd? Oque mostra outro ponto que torna este filme um dos melhores clássicos musicais que eu já vi.

Nota: 10.0
+ História + Mensagem do Filme + Fotografia + Trilha Sonora + Estilo Gótico
- Um pouco confuso demais


'Stop With Sarcasm'


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