A partir de agora, grande parte das críticas estarão, momentaneamente, sendo somente analizadas via vídeo no canal do Biell de Botas, que você pode achar vendo os últimos posts do website.
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Confira aqui uma das críticas feitas pelo Biell de Botas a algum tempo. Agora estaremos realizando nossas críticas em vídeos devido ao pouco tempo que temos para escrever:
Dando um tempo nos estudos, fui rever a lista de HQ’s quais
tinha a leitura pendente, e dentre elas estava a nova fase do Arqueiro Verde
escrita pelo ilustre Jeff Lemire. O personagem vem de um início fraco nos Novos
52, um seriado bacana onde ele parece o Batman de verde, e aparições como
membro da Liga da Justiça da América, um lançamento promissor da DC. Lemire fez
diferença?
É, fez, e muita. A partir da décima sétima edição, parece
que estamos lendo outra HQ. Indo à resenha da edição, a nova história chamada “A
Máquina de Matar” (viva aos filmes de ação dos anos 80...) me lembrou muito o
que vimos em “A Queda de Murdock”, onde o protagonista entra num beco sem saída
onde a situação piora a cada minuto que passa. A edição se inicia com Oliver Queen
questionando sua existência, seu pensamento sobre a vida superficial que teve e
sobre tentativas falhas de corrigir sua cidade como o Arqueiro Verde. E então,
voltamos três semanas no tempo.
Emerson, quem ficou responsável pela corporação que Oliver
herdou de seu pai, Robert, perdeu a empresa, caindo num abismo financeiro. A discussão
de ambos chega a um ponto curioso, onde Emerson fala que Oliver sempre teve tudo,
e que um homem não sabe realmente o que ele é até que perca tudo. Então, quando
pensamos que uma revelação bombástica mudará os rumos do herói, Emerson é
assassinado por uma flecha do Arqueiro Verde, e puxado de forma que caísse do
prédio através da janela. A partir desse ponto, se inicia a ruína de Oliver
Queen.
Sem sua principal empresa e suspeito da morte de seu velho
amigo, Oliver precisa fugir dos seguranças, e posteriormente da polícia. A reação
lógica é vestir-se como o Arqueiro e descobrir quem matou Emerson. Seus
ajudantes não podem fazer nada no momento, o que o intriga e o obriga a fugir
para seu quartel general. Ao se aproximar do prédio de uma das empresas quais
dedicou seu tempo e investimento, a “Q-Core”, ele a vê explodindo. E agora?
Temos uma série de monólogos de Oliver, intercalando uma
caminhada por uma parte aparentemente abandonada da cidade, e momentos onde
esconde da polícia, que ainda o procura para esclarecer o episódio com Emerson.
Oliver relembra como questionou a decisão sobre criar esconderijos ao longo da
cidade, afinal “merda acontece”. E aconteceu, mesmo. Na forma de um abrigo
subterrâneo, um desses esconderijos abriga equipamento reserva. Uniforme,
flechas, arcos. Com o prédio da Q-Core, seu quartel principal destruído, era
tudo o que restava. Então, agora bastaria investigar e encontrar o novo vilão?
Errado.
“Eu sou Komodo, eu sou sua morte garoto”. O vilão se revela
no esconderijo secreto de Oliver, apontando-lhe uma de suas flechas com o arco
já tensionado. Problemas? Claro. O Arqueiro Verde se encontra encurralado. A
história continua pro mais páginas, mas a resenha para por aqui.
Komodo, promessa para um ótimo vilão.
O que temos nessa HQ que inicia a saga “A Máquina de Matar”
é um acúmulo de clichês. O personagem principal se vê obrigado a enfrentar uma
nova ameaça enquanto perde seus recursos. Mas, qual o lado bom? Tudo, eu diria.
Existem clichês bem construídos, e foi isso que Lemire nos entregou em sua estreia.
A tensão a cada página torna essa HQ algo sensacional, e Komodo se apresenta
como um personagem calculista, inteligente, e que de alguma forma sabe tudo
sobre Oliver ao estar sempre um passo adiante. Além do roteiro, Andrea
Sorrentino assume os desenhos, e faz um trabalho excepcional. Seus traços
somados ao modo como monta os quadros tornam o estilo da narrativa bastante
atrativo, e de certa forma original. A edição não é excepcional, mas vale a
pena acompanhar.
Então, nesses últimos dias a Warner publicou um viral relacionado ao novo filme do Superman, vulgo "Man of Steel", com estréia programa no Brasil para 12 de julho. No viral, o General Zod (interpretado por Michael Shannon) envia uma mensagem ao planeta Terra, traduzida após o vídeo logo abaixo.
“ Vocês não estão sozinhos… Ajoelhem-se perante Zod… Meu nome é General
Zod. Por algum tempo seu mundo abrigou um de meus civis. Eu solicito que
retornem este indivíduo para minha custódia. Para Kal-El, eu digo isso:
renda-se em 24 horas ou veja esse mundo sofrer as consequências.”
Slender: The Arrival é a sequência oficial da história de Slender: The Eight Pages. Nela é apresentada um ótimo roteiro feito pelos mesmos roteiristas de Marble Hornets, a primeira série oficial de Slender a.k.a O Operário a passar no YouTube.
Slender: The Arrival conta com um enredo bem trabalhado e um tanto complexo assim digamos. Apesar da simplicidade do seu gameplay, o jogo tem uma história bem detalhada que explica todos os fatos do primeiro jogo. Vou contar ela com detalhes agora.
HISTÓRIA contém spoilers
Slender: The Arrival conta a história de Lauren, melhor amiga de Kate, menina que jogamos no primeiro game. Kate havia acabado de perder sua família. Seu pai e sua mãe faleceram e Kate decide ir morar sozinha e Lauren resolve dar o apoio a ela pela sua perda. Atormentada desde sua infância com sua relação com Slender no parque, ela havia chegado até mesmo a ser internada em um hospital psiquiátrico pois o seu trauma era enorme e ela não conseguia parar de desenhar e escrever todas as suas visões em inúmeras folhas de papel.
Seus pais não acreditavam nela quando ela dizia que havia alguém a perseguindo. Apesar de ter sobrevivido ao seu primeiro encontro com ele e ter chegado em casa em segurança, ela não se sentia segura... Ela sabia que ''O Slender não deixa suas vítimas fugirem... Ele apenas escolhe isso'', então estava claro pra ela que ele voltaria para buscá-la.
Ela somente havia sido libertada do hospital quando ela resolveu aceitar o fato de que tudo era apenas um sonho e que o que ela havia visto não era a realidade. Então os médicos resolvem dar auta para ela e ela retorna para casa até os dias serem contados e então Slender: The Arrival começar.
Quando Lauren entra na casa de Kate, ela vê que está tudo revirado, móveis, janelas arregaçadas e portas abertas... Pichações com o Slender nas paredes e no seu quarto e as ''páginas'' do Slender em todos os cantos. Lauren se pergunta: mas o que é isto? Ao ver o seu quarto e é então que Slender aparece pela primeira vez... Pegando Kate e a levando para a floresta novamente...
Casa de Kate... Revirada na calada da noite.
ENTRE ''AS 8 PÁGINAS'' E ''A CHEGADA'' contém spoilers
No jogo é declarado como é que Kate vai parar na floresta... Ela e seu amigo CR (não é divulgado o nome original dele) são amigos desde infância também e sempre gostavam de se aventurar na floresta em busca de ''fantasmas'', porém foi em uma dessas brincadeirinhas que as páginas começaram a brotar quando o Slender aparece pela primeira vez e os dois, apavorados, correm cada um para um lado... A partir de então, as páginas brotam para Kate pela primeira vez... Por vítimas do Slender que ele usa como marionetes para escrever estas cartas para apavorá-la. Estes são então chamados como Proxys, ou ''seguidores do operário''. É ai que surge pela primeira vez, o nome original do Slender, personagem criado por Victor Surge Knudsen, dado como ''O Operário'' por ele ser responsável por operar o emocional das suas vítimas contra outras vítimas.
Quando Kate consegue pegar todas as páginas e o Slender a encontra, Kate corre para qualquer direção, desesperada, até ser encontrada pelos seus pais que a estavam procurando. Desde então, começa toda a história sobre a loucura de Kate.
Quando Lauren é quem passa a ter que caçar as 8 páginas, como foi visto na Demo / Beta do game, aquilo é o aviso de Kate, que já havia se tornado também uma Proxy. O objetivo do jogo se passa em ter que resgatar Kate e salvá-la desse destino cruel como capataz do Operário.
''O Operário não deixa suas vítimas fugirem... Ele apenas escolhe isso''
EM ABSTINÊNCIA (GAMEPLAY, TRILHA SONORA, ANIMAÇÕES ETC)
O jogo tem o gameplay bem simples e com poucas ações, porém a riqueza de detalhes e de informações que o jogo passa para o jogador para que ele entenda a história chega a ser absurda. Para uma história simples como esta, são utilizados 26 intels coletáveis pelo jogo para serem descobertos e lidos, todos bem diversificados e bem detalhados, como cartas, panfletos, cartazes, placas, tudo que é tipo, enchendo o jogador de informações para que ele entenda cada pedaço do que está acontecendo, já que o jogo não possuí muitos diálogos (sim, ele possuí).
A trilha sonora é impressionante, sério! Nunca vi algo tão rico em orquestra para um jogo tão ''amador'' em minha vida. Apesar do jogo ser indie, eles não economizaram em dar ao jogador uma experiência não só assustadora, mas muitíssimo imersiva e de arrepiar os cabelos... Não entendeu o que estou dizendo? Ouça essa música então, é a primeira música apresentada ao game:
Agora também foram apresentadas animações para os personagens. Kate e ''O operário'' andam, correm, se escondem e o Slender expõe seus tentáculos para melhorar ainda mais a condição cardíaca do jogador. O Slender neste game, apesar se não possuir face, ele possuí expressões, os músculos de seu rosto se contorcem de uma forma bizarra ao que uma boca se abre fazendo alguns barrulhos horrendos também.
No outro jogo (The Eight Pages), a personagem possuía uma lanterna, mas ela não aparecia. Já agora porém ela aparece e é bem realista a forma que os objetos em sua mão ficam, na forma que ao correr, a lanterna deixa de iluminar muito bem por conta da correria. Você pode focar com a lanterna em um lugar específico ou apenas iluminar uma grande parte do local ao simples clique de um botão.
As animações da porta no entanto são um horror. Pego a idéia de Amnesia: The Dark Descent onde você tem que clicar e arrastar para as coisas abrirem e fecharem, fica tudo extremamente irritante e muito desesperador, principalmente nas cenas onde o Slender se encontra no mesmo lugar que você, por exemplo, na mesma casa.
O jogo possuí alguns bugs terríveis também, como o fato do Slender atravessar as coisas assim como você e que caso você faça algumas coisas que o script não permita, o jogo dá crash e você tem que recomeçar toda aquela fase novamente. Felizmente, o jogo possuí auto-save para a nossa felicidade.
O cenário é assustadoramente grande... E o Operário é assustadoramente opressivo!
CAMPANHA
Para os que estão jogando pela primeira vez e querem explorar o vasto cenário de Slender: The Arrival, a campanha pode durar de uma até duas horas de duração. Já que para conseguir completar o jogo 100% é necessário explorar lugares inimaginaveis, como cavernas, densas florestas e minas escuras colossais. Para quem já completou o jogo, a campanha pode durar até 30, 45 minutos. Agora... Pra quem for jogar no modo Hardcore, pode esperar sentado que o jogo vai te render sérias frustações e pode chegar só para quem for querer passar o jogo na louca, 50 minutos de jogatina pura mais um final secreto, onde você terá mais informações sobre o destino de Kate, Lauren e CR (que aparece novamente.).
CONCLUSÃO
Slender: The Arrival melhora em todos os aspectos em questão do seu antecessor e faz The Eight Pages ser considerado ''uma experiência curta de The Arrival''. Resta saber qual será o destino de Kate e de Lauren sobre a influência Proxy de O Operário.
Eu recomendo muito que joguem este jogo, porém tenham em mente que é um jogo pago, e não gratuito como o seu antecessor. Ainda assim, rende ótimos sustos e é com certeza um jogo que se não te assustar o triplo do que Slender The Eight Pages te assustou, então nada mais o assustará.
NOTA: 9,7/10,0
Kate... O que aconteceu com você? Pro000100011100001100100011100001110000110001x00011000100y
Conheci a série “Vampiro Americano” por conta de sites
especializados, e não demorou para que a minha vontade em adquirir o que fosse
possível e ler viesse. Primeiro, o receio. Vampiros, hoje? Uma temática
banalizada pela cultura pop adolescente pode render algo bom? E hoje eu sinto
raiva por questionar isso. Skinner não é o vampiro que sua irmãzinha gosta. Em tempos
do retorno de Carrie, vi que apresentar a primeira empreitada de Stephen King
no mundo dos quadrinhos, sob as ordens do grande Scott Snyder e impecável arte
de Rafa Albuquerque é necessário.
Vamos aos pilares da história. A temática baseia-se no velho
oeste, apresentando um dos cenários melhor utilizados pelo cinema. Clint
Eastwood em suas inúmeras empreitadas em westerns, e mais atualmente o clássico
moderno “Django Livre”, entre ouros inúmeros sucessos, seja em seu tempo quanto
através dele. Mas, porque falar de cinema? O primeiro cenário abordado é
Hollywood, através de uma jovem atriz chamada Pearl Jones, que
ao longo da saga cresce de uma forma inimaginável. A história se divide em dois
períodos, um narrado um 1925 que obtém total foco em Pearl, numa Hollywood
glamurosa nos primórdios do cinema, mas ainda assim dominada pela obscuridade,
e uma abordagem puramente “western” em 1880, nos confins da Califórnia, onde o
assaltante Skinner Sweet é levado pelas autoridades após sua captura.
Pearl Jones, cuja origem é escrita por Snyder, é retratada
como uma atriz promissora, que se mudou para Hollywood em busca de um sonho, e
batalha dia e noite por ele. Caracterizada por uma tatuagem de um girassol
negro ao topo das costas e cabelos e de um sorriso ingênio. Infelizmente, o
submundo conspira contra ela, e logo na primeira edição uma emboscada preparada
pelos temidos Vampiros Europeus deveria ser o bastante para matá-la. Uma jovem
indefesa contra um mundo sombrio e cruel. A sobrevivência de Pearl se dá por
conta de Sweet, que a transforma em sua obra prima. De início ela representa
uma mocinha indefesa, mas seu papel tem um crescimento exponencial. Ao longo da
série, e além dessas cinco primeiras edições compiladas pela editora Panini num
encadernado de luxo, ela se transforma numa das maiores e mais profundas
personagens que já pude ver em uma história em quadrinhos. Ainda nesse início,
encontra ao lado de Henry Preston um porto seguro, um amor para toda a vida,
uma caminhada que se torna memorável conforme o tempo passa.
O protagonista e centro das atenções em ambas as histórias é
Skinner Sweet, que tem sua origem contada por Stephen King, co-escrito pelo
criador Snyder. Skinner tem um conceito simples, e até “clichê” à primeira
vista. Ele é um bem sucedido assaltante de bancos, que numa má investida foi
pego pelo agente da lei James Book. Apesar do protagonismo, em momento algum a
história é narrada através do ponto de vista de Sweet. Isso lembra a atitude de
Frank Miller ao narrar “Ano Um” sob o ponto de vista do Comissário Gordon. A
narrativa ocorre através do escritos Will Bunting, que acompanhava o detetive
Book na caçada ao assaltante, e escrevia tudo o que via nos moldes de um
diário. Após os acontecimentos que estão além dos spoilers dessa resenha, ele
lança um livro de “ficção” contando a história de Skinner, uma vez que seu
livro continha fatos extraordinários demais para ser vendido como uma obra
real. O livro intitulado “Sangue Ruim” foi o único livro bom de Bunting, mas
foi o suficiente para fazer sua carreira e garantir sua aposentadoria. A
história se inicia com Bunting em um grande evento que auto-promoveu, onde
pretende convencer aos espectadores que tudo o que escreveu por Skinner é de
fato realidade.
Skinner nunca foi o herói, mesmo em sua própria história. Esse
papel cabe a James Book, retratado como um homem de valores além da humanidade.
Dedicou sua vida à lei, e parte dela a acabar com aquele que viria a se tornar
o Vampiro Americano. Mas, como Skinner se transforma no Vampiro Americano? A
história é centrada no primeiro vampiro nos Estados Unidos, criado nos Estados
Unidos. Seu assalto mau sucedido foi ao banco de um aristocrata chamado Percy,
um vampiro europeu. A maldição vem através do sangue. Segundo as palavras de
Skinner, “quando o sangue encontra alguém novo, num lugar novo, ele gera algo
novo”. Essa é a explicação, e o mistério. Além do seu vício por doces – que gera
cenas cômicas inesquecíveis – ele não tem escrúpulos, ou algum clamor por moralidade.
O que o torna imprevisível, sendo sádico, porém calculista. O que o diferencia
do Coringa, além do visual inspirado em Kurt Cobain, é a sanidade. Ao longo dos
capítulos, Bunting revela mais sobre Skinner, e mais sobre as atitudes heroicas
de James Book, que representa a face oposta do vampiro.
Sobre a arte, Rafael Albuquerque nos presenteia com desenhio incríveis, sujos quando necessário, limpos e impecáveis quando se pede. As expressões
sacanas de Skinner, a tristeza de Will e a serenidade amável de Pearl são
retratadas com uma precisão quase sobrenatural. Tudo com a colorização de David
McCaig, que complementa e aperfeiçoa o que o brasileiro desenha. Sobre o roteiro. A associação entre Scott Snyder e a lenda
Stephen King rendeu uma saga vencedora do prêmio Will Eisner para melhor
lançamento de 2010. Essa foi a primeira tentativa de King em escrever numa
plataforma muito diferente dos livros, mas... mesmo com sua genialidade para o
terror e o suspense, ele não obteria esse sucesso sem Scott Snyder, e relata
que sem seu auxílio e as definições sobre os conceitos e a temática da
história, talvez não houvesse glória. A participação de Stephen King dura cinco
edições, mas a genialidade de Scott permanece mensalmente. Não tenha dúvidas. Falar mais implica em falar sobre o roteiro, o que de acordo
com o peso da narrativa e das surpresas que aguardam ao longo das páginas,
seria um crime. Leia.
Nota:10
“ Um início promissor, um desenvolvimento emblemático, e
certamente um legado para as próximas gerações. ” - Kelvim Valente.
Bem... Pode até parecer que este post está um pouco atrasado, mas por motivos certos galera, afinal, apesar de ser old ou não ser old, temos que dar o melhor conteúdo para vocês sem contar mentiras. Aqui vai a opinião do Soviet Connection sobre o Playstation 4, que carrega consigo o logo: ''Empurrando barreiras para Jogar''. Vamos ver no que vai dar então.
A emoção de anunciar o novo PS4 é tão grande que esse cara quase teve um AVC no meio do palco.
CRÍTICA ESPECIAL
Playstation 4
Está óbvio que essa crítica não é uma daquelas que a gente conferiu a mão para estar julgando, pois afinal não trabalhamos na Sony para isso também né? Mas pelas várias fontes de pesquisa que procuramos e pelo evento da Sony que pudemos assistir ao vivo em primeira mão, temos material suficiente para dizer para vocês o que esperamos do novo console desta nova geração que está para nascer no fim deste ano.
Entre os dias 25 e 28 de fevereiro, a Sony realizou um evento chamado ''Destination Playstation 2013'' na qual ela iria apresentar suas opiniões para 2013 e iria dar entrada para anunciar suas novas idéias e projetos. O Evento foi coberto por várias emissoras norte-americanas e pela Machinima Brasil aqui no Brasil (avá é mesmo?). Pudermos assistir o evento traduzido para o português ao vivo lá em Nova York e dizemos: quando o Playstation 4 foi anunciado... Me surpreendi, tive pasmos na minha mão esquerda e meu umbigo formigava seriamente.
Para que um console já? Tão cedo não é? 2007 para 2013 parecem estar bem perto na minha opinião... Considerando que o Playstation 2 e o Playstation 1 tiveram data de duração um pouco maiores e com uma capacidade tão mínima, é de se esperar que o PS3 iria durar pelo menos até quando alguém chegasse e lançasse um jogo: ''Olha galera do pleisteition, esse jogo aqui de piecítreis vai ter dois cedês''. Ai sim eu falaria ''Nanananananão, pode trocar já Sony''.
O Playstation 4, em questões gráficas evoluiu bastante, mas não daquela forma fodástica como imaginei, quando diziam que ele teria um processador igual de PC. Sério, não sou fã de PC e aliás comecei bem tarde a jogar no computador, mas é um tanto curioso... Vou explicar um pouco melhor pra vocês:
O PS4 foi anunciado em um vídeo e depois foi anunciado verbalmente, o que foi um espanto, pois a emoção foi maior quando vi o logo da Playstation 4 (chamaram assim no evento, acho que o console mudou de sexo não é possível) e vou deixar para vocês darem uma conferida agora:
O tesão que você está sentindo agora vendo esse trailer eu senti quando vi ele pela primeira vez.... É de gozar fuscas vermelhos não? Há! Bem, os jogos que foram apresentados ai no trailer são: Unreal Tournament 4 (uma Engine nova), Killzone: Shadow Fall, InFamous 3: Second Son, Drive Club, Deep Down, Final Fantasy XIV (quase certeza disso) e Knack, um jogo fofinho sobre um super vilão destruídos de florestas só isso haha!
Bem, a composição do PS4 é simples: Ela ainda não existe (isso mesmo, tanto que os produtores não mostraram o console porque ele ainda não existe, somente o controle) mas ai você chega e me diz: COMO ASSIM NÃO TEM CONSOLE? E eu lhe respondo: Eles estão trabalhando com um ''outro console'' que eles desenvolveram de design simples, que é chamado como ''Kit de Desenvolvimento da Playstation 4 da Sony'' e vocês podem dar uma conferida abaixo nesse design supremo acariciador de corações:
Fala ai, é um tesão esse console né? Olhe estes orifícios! Meu Deus que design moderno (sarcasmo) mas relaxa, pelo que sabemos, o design que será vendido será BEM mais legal que esse e sim, este é o Dualshock 4, o novo controle da PS4.
Vamos dar uma breve analisada neste controle, mas para isso preciso mostrar uma imagem para que vocês possam acompanhar todas as informações sem terem um infarto fulminante enquanto eu vá dizendo tudo sobre as funções. Vamos lá, solta a imagem rapaz!
Perfeito! Bem, agora vamos explicando pelo mais básico e depois pelo mais complexo: - Botão Home, natural do PS3, servirá para você entrar no menu da Playstation. - Analógicos com o mesmo material dos usados para o Xbox 360 que convenhamos... É mil vezes melhor que os do PS3, PS2 ee... Alguns do PS1. - Setas direcionais em uma superfície lisa para que o dedo possa deslizar mais facilmente de uma tecla de seta para a outra. - Acima do botão PS (Botão Home) existe orifícios que servirão de MICROFONE, sim isso mesmo, microfone para você se comunicar em jogos online ou em um chat com alguém. - Os botões ''Start'' e ''Select'' foram substituídos pelos botões ''Options'' e ''Share''. ÓBVIO que o botão ''Options'' vai assumir o papel do botão ''Start'' que existia nos dualshocks anteriores, porém o botão ''Share'' vai permitir que a Placa de Captura Integrada da PS4 (sim é isso mesmo, que emoção *-*) grave tudo o que você está jogando, incluindo sua voz que será captada pelo microfone e libere em livestream para ser visualizado no seu perfil da PSN tudo isso ao mesmo tempo que você joga. Ou seja, caso ambos você e seu amigo estiverem jogando em uma mesma fase de um jogo. Você vai poder ajudá-lo dando esse botão share. - A tela cristalizada touch ainda não foi utilizada para nenhuma função, provavelmente será um menu touch pequeno para ver bateria do controle entre outras coisas. A Sony fez uma parceria com o Facebook e MyStream, então sua conta da PSN será 100% vinculada ao Facebook, dando as caras a sua personalidade real, suas fotos do facebook e inclusive você poderá verificar status da PSN no facebook quando a PS4 foi lançada ao público. Vimos a interface do PS4 e me parece demais com aquela interface esquisita da Steam + uma interface do facebook inteiramente azul. Aqui vai uma foto:
Eu particularmente achei a interface do PS3 mais chamativa e bonita, essa parece mais quadriculada e sim... Mais parecida com a do Windows 8, porém é bem mais eficiente e útil do que a do Playstation 3. Outra novidade apresentada neste evento da Sony é que você não vai precisar esperar o download terminar completamente para começar a jogar. Os download que forem efetuados no PS4 terão uma dinâmica bem diferente de serem convertidos ao console, já que o PS4 vai detectar os scripts mais importantes e as coisas que devem ser colocadas em primeiro plano primeiro e depois dos primeiros 25 MB's de jogo importados, você já vai poder jogar normalmente enquanto o Playstation 4 faz o resto. Lógico que você não vai poder ter uma Internet podre igual a minha nessas circunstâncias hahaha. O PS4 possui 8 GB de RAM, e creio que sua primeira versão virá com 200 GB de memória de disco e que você poderá utilizar qualquer HD que seja compatível para guardar seu jogo. Não sendo obrigatório algo que seja do produto da Sony (que é mais caro, óbvio) e também terá toda uma arquitetura de placa mãe e cooler igualzinho a de um PC. Terá uma CPU X86 (não sou muito expert nesses assuntos mas dei uma pesquisada e é uma CPU ainda muito utilizada nos computadores potentes, apesar de não ser a mais potente). Para quem quiser ver a imagem da onde comprova todas essas especificações, aqui vai uma liberada pela própria Sony:
Além de tudo isso, o PS4 NÃO VAI RODAR JOGOS do Playstation 3, o que é uma merda convenhamos, porém talvez eles anunciem um projeto de rodar jogos antigos via Streaming, algo parecido com o que se faz com as livestreams, porém ao invés de um vídeo ser convertido ao vivo, é um jogo. Eu acho que isso vai dar problemas, porém... Vamos ver no que vai dar. Recentemente o boato de que a Playstation 4 não iria rodar jogos usados por sistema de marca d'água foi completamente desmentido. O PS4 vai rodar jogos usados pois o próprio diretor da Sony disse: ''Eles pagaram pela mídia física, eles tem o direito de usar ela onde quiserem''. Não sei bem de onde surgiu essa baboseira mas eu havia ficado bem preocupado com isso. De toda forma, a Sony avisou que em breve esse dispositivo vai entrar em vigor, mas que não será aplicado na PS4. Ufaaa!!! Ainda assim, tem certas coisas que acabo ficando desapontado com o console, pois ainda assim foi confirmado que o console só vai funcionar se você comprar os jogos NO MESMO PAÍS/REGIÃO onde comprou o console. Isso significa que você não vai mais viajar para os EUA para fugir dos impostos enganosos e robalheiros aqui do Brasil. Isso é uma decepção grande pois o Brasil é o segundo maior pais gamer da história e é certo que eles deveriam pensar um pouco mais na gente. E para provarem que eles reconhecem isso, a data de lançamento do console aqui no Brasil será exatamente no mesmo segundo e minuto e hora que a data de lançamento dos Estados Unidos... É certo de que eles já reconhecem este feito de que somos um país gamer de grande potencial, mas o que eles não reconhecem é que não temos políticos de grande potencial, não é mesmo? Outra novidade que não poderia deixar de citar é que O PS Vita vai funcionar em conjunto ao PS4 como o Wii U. Igualzinho. Você será capaz de desligar sua TV e continuar jogando via streaming ao seu mini console. Mais outra coisa é que o Move servirá de kit de desenvolvimento para jogos indies. Caso você queira criar um mapa FPS para jogar em determinado jogo com seus amigos, você pode criar do zero utilizando a ferramente de modelagem que virá junto ao PS Move. Bem legal isso né? Eles prometeram que vão melhorar muito o sistema de movimentação deste aparelho também. E algo que não havia comentado mas que também não é algo útil é... Vocês viram a luzinha azul que fica em cima do controle na primeira imagem do post? Pois é, essa luz será customizável, você poderá deixar da cor que quiser e isso vai ajudar na hora de organizar ''qual controle é o meu, qual não é blábláblá'' e isso vai constantemente aparecer na tela do video-game também! Eu particularmente ainda acho um pouco cedo para eles estarem lançando isso ainda este ano mas nunca posso julgar o console pelo evento não é mesmo? Precisamos testar ele a mão como eu mesmo disse antes de dar uma nota ao console! Espero que cumpra o que prometa! Realmente espero! E que venha o novo Xbox também para anunciarmos!
Detector de distância do controle... Nunca perca sinal na hora de jogar. Isso promete melhorar o Novo Sixaxis também, que vai retornar com mais força neste novo console.
Agora é a vez de um clássico-cult que olha só; NÃO é tão bom assim!
O BIELL DE BOTAS apresenta
CARRIE, A ESTRANHA
"Carrie, A Estranha" (Carrie, 1976) conta a história de Carrie White (Sissy Spacek), uma garota de 17 anos com poderes telecinéticos que é zoada por todas as suas colegas quando menstrua pela primeira vez no vestiário da escola. Perturbada como sempre o fora, Carrie tenta se isolar dos colegas que não a aceitam o máximo possível, até que Tommy Ross (William Katt), o garoto mais popular do colégio, a convida para ser seu par no Baile de Primavera da escola. Mas, se depender de Chris Hargensen (Nancy Allen) e seu namorado Billy Nolan (John Travolta), as coisas não sairão tão bem assim.
Percebeu uma certa diferença entre a sinopse acima e a relatada na resenha do livro? Pois é, a abordagem do filme sobre a história tem uma grande diferença da do livro. O filme tenta várias vezes adaptar algo do livro, mas simplesmente não funciona, não dá certo - as cenas que mais funcionam são as que copiam exatamente como são executadas no livro, e são poucas. O longa tenta convencer de que é mais do que um trash qualquer, mas os personagens vão morrendo como se fossem insignificantes, como se estivessem ali com o único objetivo de morrer, exatamente como num trash qualquer - o que automaticamente reflete um belo desperdício de talento no caso de John Travolta.
As atuações são, em sua grande maioria, horríveis. Uma certa iniciação do que poderia vir a ser carisma ainda consegue salvar alguns personagens, mas a única que se destaca e faz o filme valer é Sissy Spacek. Ela parece ser a única na produção que realmente compreendeu a obra de Stephen King, e dá o seu melhor como Carrie numa atuação maravilhosa e de cair o queixo - mas, apenas até onde o roteiro a permite.
O roteiro limita muito a personagem de Spacek. Parece que Carrie simplesmente esquece do incidente do chuveiro após o acontecido, e o encara apenas como mais uma vez em que caçoaram dela. Não há qualquer exploração no ódio de Carrie, no desejo de vingança; ela continua a mesma. Isso faz com que, entre a abertura do filme e o início do acontecimento no Baile de Primavera, a fita não passe de uma chick-flick de sessão da tarde.
A trilha sonora é ótima, e a direção de Brian de Palma é cambaleante, até a cena do Baile, em que o diretor mostra o que realmente sabe fazer por trás das câmeras. O roteiro, como já dito acima, é limitado e não consegue adaptar bem o livro de King. Os efeitos especiais, todos práticos, são executados com perfeição!
Muito se fala sobre "Carrie, A Estranha", sobre o quão clássico o filme é, o quão cult se tornou, mas acaba que o longa não passa de um trashsuperestimado. Ficam as esperanças de ver uma adaptação digna do livro com a nova versão, estrelada pela minha futura esposa Chloë Grace Moretz e a coroa Julianne Moore, com estreia marcada para Novembro de 2013.
"Você é a pecadora! Você não me contou, e elas riram!"
O BIELL DE BOTAS apresenta
CARRIE, A ESTRANHA
de Stephen King
Em "Carrie, A Estranha" conhecemos a história de Carrie White, uma estudante do ensino médio que cumpre a função de bode expiatório da turma desde que se dá por gente. Quando sua primeira menstruação chega (tardiamente), no vestiário da escola, ela não tem ideia do que está acontecendo, e é zoada por todas as suas colegas. O fato é que, com exceção de sua mãe religiosa fanática Margaret White, ninguém sabe que Carrie tem o dom da telecinesia. A partir de então, Carrie começa a treinar seu poder, jurando vingança contra todos que caçoaram dela, até que algo inesperado acontece: Tommy Ross, um dos garotos mais populares da escola, a convida para ser seu par no Baile da Primavera do colégio.
A narração acontece em terceira pessoa, no passado, mas Stephen King a faz de maneira que aborda a perspectiva de diferentes personagens em determinadas cenas - meio complicado de se descrever aqui, mas permita-me exemplificar... Quando a terceira pessoa está acompanhando Carrie, ela sempre se refere à Margaret White como "Mamãe". Ou então, quando King quer retratar o que se passa na cabeça de tal personagem, ele acompanha o ritmo de seus pensamentos, que pode ser pausado ou até mesmo crescente até ficar acelerado. O autor escreve de forma com que se tenha fácil compreensão do que ele pretende nos passar, e a leitura em momento nenhum se torna cansativa.
King se atém a narrar apenas acontecimentos dentro da linha da história principal, ao contrário de muitos livros que saem disso e vão contar histórias paralelas de seus personagens para as quais ninguém dá a mínima, e isso também contribui para o livro manter-se interessante. Ele usa formas inteligentes pra voltar no tempo e contar sobre um acontecimento passado essencial para a cena decorrente, e também tem um jeito bastante eficiente de te fazer ficar mais curioso ainda sobre o curso da história.
Tal forma consiste em intercalar a história com trechos de livros, artigos ou entrevistas feitas após o grande acontecimento da novela, fazendo breves citações do que aconteceu no Baile da Primavera, mas nunca exatamente te dando um spoiler que vá te tirar a graça de ler. Não, King nos dá apenas a informação necessária para alimentar nossa curiosidade.
Os personagens são todos, sem exceção, excelentes! Carrie White faz o leitor se apegar a ela de várias maneiras diferentes; seja a achando dócil, fofa, com dó ou até mesmo a achando foda pra cacete. Margaret White é o verdadeiro símbolo de opressão da história, e por mais que seja uma mãe cruel, o leitor sente mais pena do que ódio dela. Stephen King pega todas as características opressivas que um ser humano pode ter e as insere numa mãe religiosa - hmm, seu malandro. A química entre Carrie e Margaret é conflituosa do começo ao fim, o que contribui para um grande desfecho.
Entre os coadjuvantes temos Sue Snell, Tommy Ross, Chris Hargensen (piranha!), Billy Nolan, a professora Desjardin e vários outros - o fato é que são todos muito importantes, e cada um cria uma relação diferente para com o leitor, assim como cada um tem uma relação diferente com a protagonista Carrie.
O gran finale do livro é, sem dúvidas, grandioso! Situado na segunda parte do livro (que é dividido em três: 'Brincando com Sangue', 'A Noite do Baile' e 'Os Escombros'), nos passa todas as emoções que compõem o livro de forma esplêndida; horror, tristeza, caos, alegria, insanidade, vingança. A boa e velha vingança poética.
"Carrie, A Estranha" é um livro excepcional, digno de ser considerado um verdadeiro clássico do mestre Stephen King. Com conflitos, destruição, humor, um pouco de romance, sangue e fogo, a obra é indispensável. Acrescentando um comentário mais pessoal: "Carrie" acaba de tomar o lugar de "O Vendedor de Armas" como meu livro favorito. Recomendadíssimo!
Bem, mais um longo ano se passou, com um final fraco de poucas críticas, principalmente minhas, porém volto with full power para trazer algumas novas críticas para vocês. Começando por DEAD SPACE 3, que conseguiu me surpreender mais do que todos os outros jogos da Saga na qual fiquei tão interessado em jogar.
Dead Space 3 conta a história de dois personagens desta vez, Isaac Clarke e John Carver (respectivamente dublados por Gunner Wright e Ricardo Chavira). Desta vez, é claro que o foco deixa de ser somente o terror e passa a se focar em uma história mais intensa sobre os Unitologistas, sobre os Necromorfos e sobre a Hive Mind, nova espécie alienígena encontrada no planeta ártico Tau Volantis.
Dead Space 3 é jogado em várias épocas diferentes pois esta é a única forma de expressar o que a história quer contar: 200 anos antes dos acontecimentos de Clarke e a época atual. Tau Volantis já era um planeta habitável por humanos a muito tempo, porém não eram humanos com a mente tão saudável como a nossa, e quando eu digo NÃO TÃO SAUDÁVEL é porque o pessoal que morava lá não tinha muitos parafusos na cabeça. Para quem já jogou Dead Space 1 e 2, vocês vão se familiarizar quando eu disser que quem morava lá eram os malditos Unitologistas.
Desta vez, Isaac e Carver vão se encontrar em combates com humanóides (Hive Mind) e com Unitologistas no maior estilo Gears of War, e por falar nisso, a jogabilidade está MUITO similar ao mesmo. Ao mesmo tempo que as travas no controle ajudavam para dar tensão no jogador, já que o motivo pela qual o personagem era tão duro de se movimentar era por conta das pesadíssimas armaduras que ele vestia, já em Dead Space 3 isso retira completamente essa explicação dos dois jogos anteriores já que quando Isaac está de casaco Jeans, é a mesma sensação de quando você está de armadura.
Voltando para o assunto dos combates com humanos. Apesar de muitos agora estarem prestes a dizer: MAS COMO ASSIM? Dead Space 3 matou o terror definitivamente. Eu bem que lhe digo o contrário. Dead Space 3 é o melhor jogo da franquia e, inclusive o mais assustador. As partes de combate com humanos até agora foi patética, mínima e muito frenética, valendo a pena jogar e causando ainda mais tensão no jogador que acabou de sobreviver a uma horda de necromorfos.
Dead Space 3 também se passa em vários locais, incluindo Tau Volantis, naves espaciais e colônias de sobreviventes invadidas por Unitologistas que espalham o Marker por todos os cantos, criando grandes prédios que liberam a força do Red Marker para toda a colônia, mergulhando ela no caos.
A jogabilidade melhorou consideravelmente, mas como eu disse há alguns parágrafos atrás, isso tirou a tensão do jogo, tornando muito mais fácil para você escapar dos monstros, que por sinal, estão HORRIVELMENTE mais difíceis de matar, fazendo você torrar a munição do jogador e gastar a sola do rapaz de tanto esfregar seu coturno espacial das víceras desses malditos.
A trilha sonora mudou completamente seu foco. Ela não é mais tão assustadora, pelo menos ao que vi até agora. Quando o jogo deixa seu palco mais terrorífico e os atores passam a ser os Necromorfos, ai a trilha sonora fica inexistente, apenas com um toque dramático baixo e assustador... Mas isso raramente aparece, na maioria das vezes, o silêncio é quase absoluto.
Irei dividir essa crítica em mais uma parte, se conseguir terminar ela em mais uma parte, claro. Caso contrário, voltarei com as partes seguintes conforme for me aprimorando mais no game. LEMBRE-SE, isto é uma primeira impressão do game, não crítica.
Em "O Lado Bom da Vida" (Silver Linings Playbook, 2012) nos é contada a história de Pat Solitano (Bradley Cooper), um ex-professor substituto de história que acaba de sair de um hospital psiquiátrico e anseia para reatar o relacionamento com sua mulher, Nikki (Brea Bee), mesmo sendo proibido de vê-la por restrição legal. Quando Tiffany (Jennifer Lawrence), uma garota conhecida de seu melhor amigo, oferece a Pat uma chance de barrar a restrição e se comunicar com Nikki contanto que ele seja seu parceiro em um concurso de dança, ele não consegue deixar de aceitar, vendo seu grande final feliz se aproximar cada vez mais.
Yup, yup, yup, pra você que leu a minha crítica do livro de Matthew Quick, o sobrenome de Pat no filme é Solitano, e não Peoples. Nop, nop, nop, eu não faço ideia do porque desta mudança, e já que já mencionei isso, falemos de como o filme adapta o livro. Primeiramente, quem leu o romance terá uma reação estranha a algumas partes do filme, mas o fato é que se trata de uma adaptação muito bem feita; alguns acontecimentos são trocados de lugar para não estender demais o longa (que, sendo uma dramédia, não pode ser tão comprido), o modo como o futebol americano é tratado é bastante manerado, Tiffany é melhor explorada, e a maioria dos personagens recebem excelentes caracterizações e interpretações.
Bradley Cooper e Jennifer Lawrence são definitivamente os donos da cena, com atuações fortes e uma química perfeita, mas é claro que o mestre Robert De Niro - que interpreta o pai de Pat - não se deixa ser ofuscado. Chris Tucker também chama a atenção como Danny, o amigo de Pat do hospital psiquiátrico, e não se pode imaginar ninguém melhor que ele para o papel.
A fita é uma dramédia muito divertida que balanceia perfeitamente seus momentos de drama e de comédia, e o tom do filme é tão simpático que o faz até parecer curto ao final da projeção, em seus 122 minutos de duração. O roteiro utiliza de todos os quesitos disponíveis para divertir o público; o relacionamento entre os dois protagonistas malucos, o futebol, a família, as amizades, e até mesmo a tentativa de Pat de recuperar sua ex-esposa.
A trilha sonora é magnífica! David O. Russell a aplica à sua obra de modo comparável a como Tarantino costuma fazer com seus filmes ultra-violentos, transmitindo o sentimento adequado de cada cena. Ela é composta por canções como "My Cherie Amour", de Stevie Wonder; "Girl From North Country", de Bob Dylan e Johnny Cash; "Silver Lining", de Jessie J (tema do filme), entre outras ótimas. Até Danny Elfman marca sua presença com algumas faixas instrumentais na trilha.
David O. Russell faz um ótimo trabalho na direção do filme, com dinâmicas de câmera e também incrível orientação do elenco, o que se faz notar bastante, por exemplo, em uma cena de discussão entre a família de Pat. O longa também tem uma ótima fotografia e iluminação, especialmente na cena do concurso de dança.
O roteiro do filme avança talvez de uma forma diferente do livro, já que pode-se dizer que o livro não trabalha tão bem Tiffany quanto o filme faz. Uma vez que o livro é narrado sob a perspectiva de Pat, muito se fala sobre Nikki, Nikki e Nikki, sendo que o clímax da história é mais ligado à Tiffany. O filme consegue trabalhar Tiffany de modo melhor, sem esquecer a obsessão de Pat por Nikki. Por outro lado, o livro desenvolve melhor o relacionamento de Pat com seu irmão, amigos e o terapeuta Cliff Patel, que não se sobressai na fita. Mas enfim, não estou aqui para comparar o modo como duas artes diferentes exploram um enredo e sim para resenhar um filme.
"O Lado Bom da Vida" (Silver Linings Playbook, 2012) é mais divertido do que se pode esperar, e também lindo e inspirador. Ótimas atuações, ótimo roteiro, ótimas músicas e ótimos personagens recheiam esta ótima adaptação, que recomendo a todos que procuram por um bom filme divertido, artístico e bastante original.
Filmes de ação com mais história do que ação e entupidos de CGI? Nãnaninanão, not in his town. Not on his watch.
O BIELL DE BOTAS apresenta
O ÚLTIMO DESAFIO
Em "O Último Desafio", um líder de cartel fugitivo altamente perigoso segue com seus capangas até a fronteira do México para escapar da cola do FBI. Para chegar ao seu objetivo, Gabriel Cortez (Eduardo Noriega) terá de passar pela cidadezinha de Sommerton, onde os homens de Cortez se instalaram para inserir uma ponte móvel, criando uma passagem nessa fronteira. Porém, o xerife de Sommerton, Ray Owens (Arnold Schwarzenegger) não quer os bandidos por perto, e depois da morte de seu parceiro, não vai deixar Cortez passar sem uma luta.
Quando saiu o primeiro trailer de "O Último Desafio", pensei que seria um filme de ação muito contemporâneo, cheio de efeitos em CG e tudo mais. Mas não, o longa é feito no melhor estilo old-fashion, com explosões reais, sangue falso sendo jorrado, clima western e ao mesmo tempo oitentista, etc. Uma coisa muito legal sobre este filme é que ele não está simplesmente mostrando policiais descarregando armas em um bandido, ele está nos contando a história destes moradores da pequena cidade de Sommerton. Os personagens são todos devidamente apresentados ao público até que nos identifiquemos com eles, nos importemos com eles.
Arnold Schwarzenegger entrega uma ótima atuação, marcando sua volta ao cinema com o carismático xerife Ray Owens, que rouba todas as cenas em que está. Rodrigo Santoro também compõe bem seu personagem, e Johnny Knoxville está divertidíssimo, mas dos coadjuvantes quem se destaca mesmo é Jaimie Alexander, a Lady Sif de "Thor". Eduardo Noriega manda bem na atuação, mas não consegue chamar atenção entre o resto do elenco, deixando sua cena ser um pouco roubada até pela companheira de cena Charisma "Gostosa Para Cacete" Carpenter.
Jee-woon Kim dirige o filme com maestria, especialmente as cenas de ação de tirar o fôlego. Foi muito criativo fazer de Gabriel Cortez um piloto nato, criando o contexto para o seu Corvette ZR-1 modificado, que o clímax apresenta quase como um novo personagem, uma parte muito importante do filme. Falar sobre o carro já me leva a outro quesito; o jeito como o diretor trabalha a rivalidade entre os mocinhos e vilões.
Do lado dos bonzinhos, vemos apenas um grupo de delegados liderados pelo xerife Ray, com relativamente pouco armamento e usando o espaço limitadíssimo de sua cidade como campo de batalha. Do lado dos malvados, Gabriel Cortez tem praticamente um exército e um arsenal incrível. Jee-woon Kim usa isso para criar uma metáfora do velho versus o novo, o homem trabalhador versus a máquina à vapor, e esse é outro ponto que faz deste filme mais do que um simples longa de ação - é um longa de ação do cacete!
A trilha sonora, no entanto, é um problema. O desconhecido Mowg não faz ideia de como quer que sua música identifique o filme; como um bom western ou um épico orquestrado, e em nenhuma destas duas opções há sequer um tema principal marcante. Este filme, aliás, ficaria bom sem música nenhuma, sem trilha sonora, ainda que eu gostaria de que o longa tivesse ganho um merecido tema musical.
Mais pro terceiro ato, quando as histórias de Cortez e Owens estão para se cruzar, o clímax perde um pouco de sua força, mas o filme se mantém com ótima ação e humor. "O Último Desafio" é um mais do que digno cartaz de "Bem-Vindo de Volta" para o astro Arnold Schwarzenegger, e com certeza vai agradar aos velhos fãs e conquistar novos. Recomendado!
"Mas sobre uma coisa Candy estava certo... Eu sou aquele um negro entre 10.000"
O BIELL DE BOTAS apresenta
DJANGO LIVRE
"Django Livre" conta a história de Django (Jamie Foxx), um escravo que é comprado pelo dr. King Schultz (Christoph Waltz), um caçador de recompensas muito competente. Sendo contra a escravidão, o dr. Schultz liberta Django e o transforma em seu parceiro, acompanhando-o em sua jornada para libertar sua esposa Brunhilde (Kerry Washington), que é escrava do grande proprietário Calvin Candie (Leonardo DiCaprio).
A história é promissora, e os diálogos sempre inteligentes de Quentin Tarantino continuam memoráveis. Mais uma vez, temos um longa de Tarantino lotado de ótimos personagens, e a dupla protagonista não deixa seu brilho ofuscar em momento algum. Christoph Waltz rouba a cena com seu dr. King Schultz, mostrando que valeu o Globo de Ouro que ganhou por este papel, e o Django de Jamie Foxx só cresce durante a projeção do filme. Quando se assiste à cena de abertura, com Django ainda escravo, entende-se de cara o quanto aquele personagem vai se desenvolver no restante do filme, e o quão grandioso ele vai se tornar.
Nesta fita vemos um Leonardo DiCaprio inacreditável como Calvin Candie. Já sabemos que DiCaprio é um excelente ator sim, mas simplesmente não dá pra imaginá-lo interpretando o vilão Candie do modo que o fez. Sociopata, charmoso, provocador e estiloso, este é Calvin Candie. Não menos importante, Samuel L. Jackson é outro que rouba a cena no lado dos malvados, com seu hilário Stephen, fiel criado de monsieur Candie. Kerry Washington faz uma representação digna da sofrida Brunhilde, mas é ofuscada pelo talento exorbitante - como diria o dr. Schultz - do resto do elenco.
A trilha sonora vai desde Johnny Cash e Ennio Morricone até Rick Ross, e como sempre é utilizada de ótima forma no filme. Os temas principais de Django e do dr. King Schultz, ambos interpretados por Luis Bacalov, são os que identificam o filme e se fixam definitivamente na cabeça do espectador. A mixagem de som, por sua vez, faz jus aos velhos barulhos de tiro de faroeste.
Os efeitos especiais - práticos, é claro, afinal estamos falando de Quentin Tarantino - são usados com a perfeição que já conhecemos desde "Cães de Aluguel". Os litros de sangue, os corpos voando, as explosões... Ah, Tarantino!
É claro que, tratando sobre escravatura, "Django Livre" passa uma mensagem sobre liberdade, de uma forma diferente - digamos que mais divertida do que o normal. Para contribuir com isso, nosso diretor usufrui de cenas bastante simbólicas, e destas a que mais prestei a atenção foi a em que Django tira a sela e todo o equipamento de um cavalo para usá-lo, cavalgando em um animal livre.
Não preciso ficar repetindo que o filme é muito violento, mas Tarantino tem um incrível talento em fazer com que tenhamos prazer em assistir às suas cenas violentas. Jorros de sangue nunca foram tão divertidos como são quando este homem está por trás das câmeras. Parecendo sádico ou não, é apenas realmente divertido ver pessoas sendo massacradas por balas em um filme de Quentin Tarantino!
"Django Livre" é um filme maravilhoso, uma verdadeira obra de arte que vale cada dia de espera para ser assistida. O longa surpreenderá a todos, um pedaço da bela violência artística que amamos ver, e que estaremos sempre ansiosos para conferir mais uma vez. Recomendado!