2ª Premiação Anual Lagarto de Ouro

Confira os candidatos e dê sua opinião sobre os melhores filmes de 2012!

LagARTÍSTICO #7: Diamonds Are A Girl's Best Friend!

A sétima edição do quadro LagARTÍSTICO traz uma galeria da eterna diva Marilyn Monroe!

Hitman: Absolution

O Assassino 47 está de volta, saiba a nossa opinião sobre o novo jogo!

BL Clássicos

Leia duas novas críticas no quadro BL Clássicos: "The Misfits" e "How to Marry a Millionaire".

28.11.12

BL Clássicos: "Os Desajustados" (The Misfits, 1961)

É, vou começar a postar no BL Clássicos também, então vamos lá!

O BIELL DE BOTAS apresenta
OS DESAJUSTADOS


"Os Desajustados" (The Misfits, 1961), último filme completo com Marilyn Monroe e Clark Gable, conta a história de Roslyn Taber (Monroe), uma sensível jovem que acaba de se divorciar e vai passar um tempo na casa do piloto Guido (Eli Wallach) e do cowboy Gay Langland (Gable). Roslyn repudia a atividade de Gay e seus companheiros em capturar cavalos que serão mortos para virarem comida de cachorro, enquanto o mesmo não vê problema nenhum com isso. Dentro desse desentendimento, nasce um complicado romance entre os dois.

Esta é uma das melhores atuações - se não a melhor - de Marilyn Monroe, que como de costume, rouba cada cena que compartilha com o resto do elenco. Entre estes, o que melhor se destaca é o excelente Clark Gable, compondo perfeitamente um homem durão, mas ao mesmo tempo gentil e com um lado frágil exposto aos poucos. Eli Wallach também está ótimo como Guido, personagem que acabamos não amando tanto quanto os dois protagonistas. Thelma Ritter, que interpreta a amiga de Roslyn; Isabelle Steers, é outra que conquista o público com seu carisma.

A ambientação western do filme numa Nevada do início dos anos 60 o caracteriza bastante, assim como o contexto da garota urbana em meio aos cowboys e peões. É bastante notável que o longa é inteiro sobre mudanças; ao mesmo tempo que o roteiro mostra Roslyn se adaptando a este mundo, até então desconhecido para ela, bastante foco é dado ao modo como a presença da garota traz mudanças a cada um dos personagens

Guido é um ex-combatente de guerra e viúvo, Gay é um pai divorciado que vê os filhos de vez em quando, e Perce (Montgomery Clift) é um peão com problemas familiares - basicamente, homens solitários cujas vidas são balançadas com a chegada de uma doce garota da cidade. Uma vez que todos são homens bastante durões, suas atividades perigosas (caça, rodeio e etc) cada vez mais despertam a sensibilidade de Roslyn, e sua preocupação - excessiva, aos olhos dos peões - acaba criando vários dilemas que contribuem para o desenvolvimento de cada personagem até os últimos minutos da fita. 

A direção de John Huston é excelente, contando com um ótimo trabalho em filmagens aéreas e de perseguição a cavalos. A coordenação de voo para as cenas em que Guido pilota seu avião é impecável, assim como o treinamento dos animais como cavalos e touros, que estrelam cenas muito bem feitas e de cair o queixo. Apesar destes padrões técnicos excelentes, o único ponto negativo da fita é justamente técnico, sendo este a iluminação. Em cenas diurnas são ok, mas a maioria das cenas noturnas não convencem de que realmente se passam à noite, sendo isso atestado apenas por falas dos personagens ou por cortes que mostram o céu escuro.

"Os Desajustados" é um drama que te faz esquecer qualquer outra coisa enquanto você está assistindo a ele, e apesar de um pequeno defeito visual, o filme tem tudo o que precisa (e mais) para ganhar o amor do espectador. Tem história, contexto, ótima qualidade técnica e um elenco super talentoso liderado por uma das mais talentosas atrizes que já viveram; recomendadíssimo!

Nota: 10,0

27.11.12

"Sete Dias com Marilyn": Um filme belo, envolvente e divertido sobre a maior diva do cinema!

"Todos veem apenas Marilyn Monroe, mas quando percebem que não sou ela, me abandonam."


O BIELL DE BOTAS apresenta
SETE DIAS COM MARILYN

Em "Sete dias com Marilyn" (My Week with Marilyn) a musa Marilyn Monroe (Michelle Williams), no auge de sua carreira, viaja para a Inglaterra para filmar "O Príncipe Encantado" e durante a produção conhece o jovem Colin Clark (Eddie Redmayne), que está trabalhando na produção de filmes pela primeira vez em sua vida. Em meio aos problemas pessoais de Marilyn que vêm a interferir no andamento do longa-metragem, Colin é o único que a oferece conforto; os dois acabam se apaixonando, vivendo uma curta, mas bela história.

Eddie Redmayne se faz notar com competência no papel de Colin Clark, mas Michelle Williams é a dona do show. A atriz canta, dança, e interpreta tanto o lado problemático de Marilyn quanto o simpático e cheio de carisma que estamos acostumados a ver nos filmes da diva. Com Redmayne, Williams partilha de uma química perfeita que nos envolve e nos comove nos momentos difíceis de sua personagem, em situações muito bem utilizadas pelo roteiro baseado nas memórias escritas pelo próprio Colin. 

Quem também chama bastante a atenção é Kenneth Branagh, no papel do ator e diretor Sir Laurence Olivier. Branagh usa seu talento para delinear perfeitamente as facetas de Sir Laurence nesta fase estressada de sua carreira. Conforme o longa se desenrola, o ator consegue, com seu carisma, encarnar Sir Laurence de forma a passar uma imagem respeitável do mesmo. 

O filme é um drama curto com bastante humor e identidade. Dentre os fatores que identificam o filme estão a ambientação, a trilha sonora (que inclui algumas músicas interpretadas por Michelle Williams como "When Love Goes Wrong (Nothing Goes Right)", "Heat Wave" e "That Old Black Magic"), os figurinos, o contexto de se passar num set de filmagens, et cetera. O humor não é composto propriamente por piadas, mas pelo jeito como os personagens simpatizam com o público, que funciona muito bem.

A fotografia não é tão antiquada, o que deixa que o charme de anos 50 do filme fique mais por conta dos cenários e figurinos. A direção de Simon Curtis é ótima, apesar de alguns cortes estranhos nos primeiros minutos da fita, e o trabalho na maquiagem também é excelente, devendo ser parabenizado principalmente pela perfeita caracterização de Michelle Williams como Marilyn Monroe.

"Sete dias com Marilyn" é bonito, emocionante e bastante divertido. Guiado pelos excelentes personagens e por atuações impecáveis, o filme retrata uma fase importante da vida de um dos maiores ícones do cinema da melhor forma possível. Dispensa qualquer crítica negativa, recomendado!

Nota: 10,0

26.11.12

O Lagarto de Ouro 2012 está aqui! Confiram os candidatos e deixem suas opiniões!

O BIELL DE BOTAS apresenta
2º LAGARTO DE OURO ANUAL

O Lagarto de Ouro é uma premiação anual que acontece aqui na Blaster Lizard, que nomeia os melhores filmes do ano. O sistema de julgamento acontece entre nós administradores do blog, que além de discutirmos entre nós, levamos em consideração votos e opiniões deixadas nos comentários pelos leitores. 
2012 foi um ano agitado para o cinema, e o que não falta aqui são candidatos - que, aliás, deixaram de ser apenas quatro para cada categoria, podendo variar entre os números. Também há para este ano algumas categorias novas. Aí vão:

MELHOR TERROR
1. A Entidade
2. A Mulher de Preto
3. Prometheus
4. A Casa Silenciosa
5. Silent Hill: Revelation

MELHOR COMÉDIA
1. Anjos da Lei
2. American Pie: O Reencontro
3. Guerra É Guerra!
4. O Ditador
5. Sombras da Noite
6. Ted

MELHOR THRILLER
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Shame
3. A Toda Prova
4. Os Infratores
5. Argo
6. A Perseguição
7. Drive

MELHOR AÇÃO
1. Dredd
2. Os Mercenários 2
3. Busca Implacável 2
4. O Legado Bourne
5. 007: Operação Skyfall
6. Plano de Fuga
7. Django Livre

MELHOR FICÇÃO CIENTÍFICA
1. John Carter: Entre Dois Mundos
2. Os Vingadores
3. MIB: Homens de Preto 3
4. O Espetacular Homem-Aranha
5. O Vingador do Futuro
6. Looper: Assassinos do Futuro

MELHOR ADAPTAÇÃO DE QUADRINHOS
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Dredd
3. Os Vingadores
4. O Espetacular Homem-Aranha

MELHOR ANIMAÇÃO
1. Frankenweenie
2. Valente
3. Piratas Pirados!
4. Detona Ralph

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
1. Os Vingadores
2. O Espetacular Homem-Aranha
3. O Vingador do Futuro
4. Looper: Assassinos do Futuro
5. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
6. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de Hans Zimmer
2. Os Vingadores, de Alan Silvestri
3. 007: Operação Skyfall, de Thomas Newman
4. Os Mercenários 2, de Brian Tyler
5. MIB: Homens de Preto 3, de Danny Elfman
6. Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança, de David Sardy
7. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, de Howard Shore

MELHOR ATOR
1. Christian Bale como Bruce Wayne/Batman em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Michael Fassbender como Brandon em Shame
3. Andrew Garfield como Peter Parker/Homem-Aranha em O Espetacular Homem-Aranha
4. Sam Riley como Sal Paradise em Na Estrada
5. Karl Urban como Juiz Dredd em Dredd
6. Ryan Gosling como Driver em Drive
7. Jamie Foxx como Django em Django Livre

MELHOR ATRIZ
1. Michelle Williams como Marilyn Monroe em Sete Dias com Marilyn
2. Carey Mulligan como Sissy em Shame
3. Kristen Stewart como Marylou em Na Estrada
4. Dolores Heredias como a Mãe do Garoto em Plano de Fuga

MELHOR ATOR COADJUVANTE
1. Tom Hardy como Bane em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Garrett Hedlund como Dean Moriarty em Na Estrada
3. Michael Fassbender como David em Prometheus
4. Josh Brolin como o Jovem Agente K em MIB: Homens de Preto 3

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
1. Charlize Theron como Ravenna em Branca de Neve e o Caçador
2. Lena Headey como Ma-Ma em Dredd
3. Famke Janssen como Lenore em Busca Implacável 2

MAIOR HERÓI/HEROÍNA
1. Batman - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Homem-Aranha - O Espetacular Homem-Aranha
3. Homem de Ferro - Os Vingadores
4. James Bond - 007: Operação Skyfall
5. Motorista - Plano de Fuga
6. Barney Ross - Os Mercenários 2
7. Branca de Neve - Branca de Neve e o Caçador
8. Alice - Resident Evil 5: Retribuição
9. Bryan Mills - Busca Implacável 2
10. Driver - Drive 
11. Django - Django Livre

MAIOR VILÃO/VILÃ
1. Bane - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Loki - Os Vingadores
3. Silva - 007: Operação Skyfall
4. Ma-Ma - Dredd
5. Angelique Bouchard - Sombras da Noite
6. Ravenna - Branca de Neve e o Caçador
7. Jill Valentine - Resident Evil 5: Retribuição
8. Vilain - Os Mercenários 2

PERSONAGEM DO ANO
1. Bruce Wayne/Batman - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Juiz Dredd - Dredd
3. James Bond - 007: Operação Skyfall
4. Brandon - Shame
5. Driver - Drive
6. Gandalf - O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
7. Django - Django Livre

MELHOR CONFRONTO
1. Batman vs. Bane em O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Juiz Dredd vs. Ma-Ma em Dredd
3. James Bond vs. Silva em 007: Operação Skyfall
4. Branca de Neve vs. Ravenna em Branca de Neve e o Caçador
5. Barnabas Collins vs. Angelique Bouchard em Sombras da Noite
6. Alice vs. Jill Valentine em Resident Evil 5: Retribuição
7. Peter Parker vs. Dr. Curtis Connors em O Espetacular Homem-Aranha
8. Os Vingadores vs. Loki em Os Vingadores
9. Barney Ross vs. Vilain em Os Mercenários 2

BADASS DO ANO
1. Sylvester Stallone como Barney Ross em Os Mercenários 2
2. Karl Urban como Juiz Dredd em Dredd
3. Daniel Craig como James Bond em 007: Operação Skyfall
4. Sienna Guillory como Jill Valentine em Resident Evil 5: Retribuição
5. Ryan Gosling como Driver em Drive
6. Jamie Foxx como Django em Django Livre

MELHOR CANÇÃO
1. "Nights in White Satin", por Moody Blues - Sombras da Noite
2. "Skyfall", por Adele - 007: Operação Skyfall
3. "Live To Rise", por Soundgarden - Os Vingadores
4. "Powerless", por Linkin Park - Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
5. "Breath Of Life", por Florence + The Machine - Branca de Neve e o Caçador
6. "Only You", por The Pretty Reckless - Frankenweenie
7. "Nightcall", por Kavinsky ft. Lovefoxxx - Drive
8. "That Old Black Magic", por Michelle Williams - Sete Dias com Marilyn

MELHOR DIREÇÃO
1. Christopher Nolan, por Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Sam Mendes, por 007: Operação Skyfall
3. Pete Travis, por Dredd
4. Joss Whedon, por Os Vingadores
5. Tim Burton, por Frankenweenie
6. Steve McQueen, por Shame
7. Simon Curtis, por Sete Dias com Marilyn
8. Rian Johnson, por Looper: Assassinos do Futuro
9. Ben Affleck, por Argo
10. Nicolas Winding Refn, por Drive
11. Peter Jackson por O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
12. Quentin Tarantino por Django Livre

MELHOR ROTEIRO
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Dredd
3. Os Vingadores
4. Shame
5. Sete Dias com Marilyn
6. Looper: Assassinos do Futuro
7. Argo
8. Drive
9. Django Livre

MELHOR REMAKE/REBOOT
1. O Vingador do Futuro
2. Frankenweenie
3. Dredd
4. O Espetacular Homem-Aranha

FILME MAIS ESPERADO DE 2013
1. Homem de Ferro 3
2. Hitchcock
3. Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer
4. O Homem de Aço
5. The Wolverine
6. The Hobbit: The Desolation Of Smaug

MELHOR FILME DO ANO
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
2. Drive
3. Sete Dias com Marilyn
4. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
5. Django Livre
6. Argo
7. Shame
8. Looper: Assassinos do Futuro
9. Dredd

Deixem suas opiniões! O resultado da premiação sai em janeiro, não perca!

12.11.12

"Operação Skyfall": Aniversário de 50 anos de James Bond traz o agente à moda antiga!

"With pleasure, M. With pleasure."

O BIELL DE BOTAS apresenta
OPERAÇÃO SKYFALL



No vigésimo terceiro longa-metragem do agente 007, a lealdade entre Bond (Daniel Craig) e M (Judi Dench) é testada quando um terrorista cibernético faz o MI6 entrar em colapso. Após uma suposta morte, Bond se vê obrigado a voltar à ativa para defender o serviço secreto e o seu país desta nova ameaça, que pode atingir padrões muito maiores do que o esperado.

O modo como o enredo desse filme é movido pelos personagens, todos essenciais e carismáticos, é um de seus grandes fortes. Vemos Bond um tanto fragilizado, lidando com alguns problemas físicos e morais causados pela falha de sua última missão; M tendo que ser mais forte do que nunca quando tudo o que a cerca parece querer jogá-la para fora do campo, Bondgirls com personalidade e ótima tensão sexual para com o protagonista (detalhe que faltou em Olga Kurylenko, do antecessor "Quantum Of Solace"), e um vilão extraordinário interpretado pelo gênio da atuação Javier Bardem.

O Silva de Bardem é engraçado, irônico, e cruel. É aquele tipo de vilão que você simplesmente ama, como Darth Vader ou Coringa, mesmo sabendo a maldade que ele representa. É um personagem criativo, diferente e com boa ligação com os protagonistas, e não duvido que o modo de Javier Bardem para interpretá-lo tenha surpreendido até mesmo a produção. Sua química com Daniel Craig é simplesmente impagável.


Craig, por sua vez, prova aqui mais do que nunca ser o melhor Bond de todos. O ator tem a mesma chance de explorar tanto a dureza quanto o charme do mulherengo agente secreto que teve em "Cassino Royale", e com as condições impostas pelo magnífico roteiro, Craig nos entrega aqui uma de suas melhores atuações como James Bond, igualando-se à de sua estreia no papel.

M tem nesse filme a participação mais importante da "trilogia Daniel Craig", e Judi Dench não poderia representá-la em melhor forma. Neste longa, nos é apresentado o lado mais pessoal de M como nunca fora antes, assim como sua relação materna com Bond e a ligação com o vilão Silva. O modo como Dench explora o aprofundamento que a trama exige na personagem rende muitas cenas emocionantes, entre elas um épico e glorioso discurso da patroa defendendo o seu departamento e seus heróis.


Novos (ou velhos?) personagens são acrescentados à franquia, como o jovem Q (Ben Winshaw), Gareth Mallory (Ralph Fiennes) e Eve Moneypenny (Naomie Harris). O roteiro abusa de ótimos e icônicos diálogos entre Bond e cada um dos coadjuvantes, sejam eles novos ou veteranos. A química entre Bond e Q, retratando a idade contra a juventude, é deveras divertida. Entre Bond e Mallory, existe uma relação de ação contra burocratismo, o homem que empunha a pistola contra o que senta na cadeira, e embora os dois personagens dividam poucas cenas juntos, é deixado claro que tal relação se tornará muito mais interessante com o tempo. 

No início da primeira sequência da fita, alguns cortes estranhos mostram que Sam Mendes não está muito acostumado com filmes de ação, mas o diretor rapidamente encontra seu jeito de dirigir ótimas e empolgantes cenas. Daí em diante, o filme é extremamente bem dirigido e filmado, e por mais que Mendes faça sequências de ação muito boas, a sua direção realmente chama a atenção nas cenas mais paradas. Mendes é um diretor que tem certeza de como ele quer que tal cena seja feita, e o modo como o faz - desde as instruções do elenco ao jeito que ele usa a filmagem para guiar os diálogos conflituosos - deixa qualquer um de boca aberta.

"Skyfall" é, de todos os filmes de James Bond, o que tem a fotografia mais bela e chamativa - fotografia esta que se mostra melhor ainda em cenas de ambientação escura e/ou noturna. Os efeitos especiais são práticos em sua maioria, mas o pouco uso da computação gráfica não desaponta nem um pouco, sendo difícil distinguir cenas feitas com efeitos computadorizados das com efeitos práticos.

A trilha sonora original, de Thomas Newman, acrescenta algumas pegadas modernas e criativas, mas dá bastante ênfase aos clássicos temas de Bond. Newman é, inclusive, o compositor que melhor conseguiu empregar o tema de James Bond de maneira clássica depois que o "Bond moderno" iniciou com "007 Contra GoldenEye". O filme ainda dispõe da canção tema Skyfall, interpretada pela cantora britânica Adele e composta pela mesma com auxílio de Newman. Assim como a trilha original, Skyfall é uma das canções que melhor consegue captar o verdadeiro clima de James Bond desde o início dos filmes modernos, e a sequência de créditos iniciais que acompanha a música é definitivamente a mais bonita e criativa dos últimos filmes.

"Operação Skyfall" está no mesmo nível de "Cassino Royale", e junta-se a este na lista de melhores filmes de James Bond que já foram feitos. Cheio de ação, charme, carisma e com ótimo enredo, é um filme para assistir com atenção total. Eu sempre penso muito antes de dar uma nota máxima para qualquer filme aqui, mas "Skyfall" realmente não tem defeitos! Recomendado!

Nota: 10,0



3.11.12

Abyzou vai tomar no CU!


Uma forma de marketing mais criativa, um ''cartaz animado''.

CRÍTICA POSSESSÃO
Nota: 
 ●  (3/5) - Bom


Mais um filme de terror chegando aqui na Blaster Lizard, e já devo dizer que mesmo me cagando de medo e não sendo tão amador de filmes de terror assim, consegui até quebrar o clima de terror nesse filme com meus amigos e me divertir. Possessão (de acordo com o filme) trata-se de uma história real, que conta a vida de uma menina chamada Emily (Natasha Calis) que depois de comprar uma misteriosa caixa dibbuk em um brechó, torna-se um alvo maligno de um espírito, algo sempre comum em filmes de terror e isso não é spoiler pois se percebe facilmente no trailer a seguir.



Continuando com a proza, Possessão diz que é baseado em fatos reais, mas após assistir o filme, é facil desmentir isso. Não lhes contarei o por quê da coisa e também digo que o filme não é ruim, muito menos os seus efeitos especiais, que de certa, foram muito bem desenvolvidos por Elaine Fung mas ainda assim não convence pelo seu enredo.

No entando, vemos a realidade do filme no momento que prestamos atenção na forma que os atores reagem a estes efeitos. Tudo é realmente muito realista, incluindo a própria forma dos atores de atuarem. Vendo no trailer é até fácil de julgar, mas quando você está no cinema, colocar o casaco na cara e espiar só pela fresta para tentar não sentir medo, ai eu quero só ver.
Não, ela não está tendo um AVC... Isso é coisa da alma dela mesmo... Se acha?

Enfim, Clyde (Jeffrey Dean Morgan) ao descobrir, junto a mãe de Em, Stephanie (Kyra Sedgwick), eles partem em busca de especialistas para tentar conter o mal interior da menina, algo que acreditamos nunca estar dando certo nos outros filmes de terror... E nesse não é diferente, mas ainda assim, sem spoilers do final. Isso seria uma putada.

Pararemos de falar sobre o roteiro e os efeitos agora e iremos partir para a trilha sonora super épica deste filme. Ela realmente se assemelha aos tracks finais do Batman, sinceramente. É muito parecido com as vozes que saem da caixa Dibbuk de Em, mas tudo isso remixado com a música original, composta por Anton Sanko (mesmo de Code Blue: New Orleans) então galera, já sabem que Possessão nãão vai matar seus ouvidos.

Ou melhor, vão sim. O filme as vezes tem uns sons tão mal cortados que é de doer muito os ouvidos. De repente, uma cena trágica, tensa e completamente avassaladora, e do nada *pumf* muda para uma cena feliz, corta a trilha sonora no meio dela sem nem ao menos a porra de um fade para amenizar nossos pobres ouvidos. E isso não acontece uma vez só no filme, é praticamente o tempo todo.

Esses mosquitinhos-borboletas-mariposas do inferno só comprovam minha teoria que é baseado em fatos reais... MAS É CLARO que é! Como não poderia?
Por fim, devo dizer que ''Possessão'' é um ótimo para se ver com os amigos, dar umas risadas para contrariar nas partes mais tensas do filme mas como um filme de terror ele é horrível. Se não fosse pelo neguinho do cinema que deixou o celular ligado tocando uma música feliz, eu teria saído de lá arrependido.

Nota: 3/5 (Bom)







2.11.12

Assassin's Creed 3 com certeza ultrapassa seus antecessores e ainda deixa só de leve você arrepiado, sentindo cada movimento de Tom Connor



CRÍTICA
 
AC3
Nota: 
 ● ● ● (4,5/5) - Ótimo
Vermelho - Spoiler perigosoLaranja - Curiosidade In-Game (spoiler)


Bem, como começar essa crítica?  Já sei! Vou começar por dizer que este jogo é o melhor Assassin's Creed em minha opinião, de longe, mas que nem tudo nele me agradou. Como preciso explicar exatamente o que acontece para esse jogo não ter me agradado 100%, vou ter que dizer alguns spoilers, e todos eles estarão em vermelho então, caso não quiser saber desses pedacinhos, é só pular estas partes.


Assassin's Creed III conta a história de Tom Connor, Desmond Miles, Kenway (o pai de connor) e o pai de Desmond (não me lembro o nome agora). Bem tudo isso é muitíssimo bem equilibrado em 12 sequências (quem já jogou algum título anterior de Assassin's Creed sabe do que estou falando) e para não deixar barato, acho que esse jogo vai agradar muito aos fãs de qualquer parte do Globo, inclusive os Brasileiros, mas vão decepcioná-los também, justamente por que existe um pedaço de AC 3 que se passa no Brasil e vocês sabem muito bem qual é a imagem que passamos para eles aqui do nosso país.

Vou começar já com uma crítica negativa do game, mas relaxem, vocês viram a nota do jogo ali em cima, saibam que o jogo não é nem um pouco ruim, principalmente porque eu sou um super fã desta saga, mas devo permanecer realista em certas ocasiões e Demond no Brasil é uma ótima maneira de começar. Primeiiramente, se esta parte do jogo de passar em São Paulo (o game não especifica o lugar, mas creio que só em sampa existe um estádio de UFC junto ao metro, eu acho), pode ter certeza que a Ubisoft não pesquisou NADA do Brasil para montar o cenário. Já fui e viajei diversas vezes pelos metros de São Paulo e nunca tinha visto algo como o que foi retratado no game, deixe-me generalizar: Brasileiros com vozes de argentinos, casais se pegando em tudo o que é canto, faxineiros limpando vômitos, guardas da Abstergo capturando tudo o que é gente e fiscalizando o local (essa parte foi a única bacana nesse sentido) e o pior de tudo... Mulheres usando bíquinis ou saias e tops... Cara, só de ver aquele lugar eu já sentia frio, que dirá as mulheres do game?

De resto, todas as missões do Desmond no game (e acredite, são VÁRIAS) são espetaculares, inclusive a do Brasil, que foi uma das minhas preferidas, mas realmente, a campanha de Desmond no game é desafiadora, deixe-me explicar. Quando você joga com o Desmond, NADA aparece na tela, nem menus Hud, muito menos se você está bem escondido em algum local, não aparece barrinha de vida e nada. Você se torna uma pessoa muito mais abilidosa do que qualquer outro assassino já que possuí as táticas de luta de três assassinos completamente diferentes, considerando que eles viviam em épocas bem diferentes. Demond pode usar armas de qualquer tipo para lutar: armas de fogo, as hidden-blades curvadas (as que são facôes, iguais as do Connor Kenway) e a Apple of Eden, que é uma arma que pode controlar, a mínimas distâncias, tudo o que seu inimigo vai fazer.

Agora bora falar sobre a história do pai de Connor (Haytham Kenway). Ai galera, já é um bom spoiler, então acho melhor vocês lerem só este próximo pedacinho. O Pai de Connor foi um grande marujo que trabalhava na marinha, juntamente com os Assassinos da Ordem, mas todos sabem que Altaïr também já foi traído pelos seus amigos várias e várias vezes. Isso acontece, mas Kenway tem um jeito diferente de lidar com isso, ou eles o obedecem, ou eles o arranca para fora dos navios e isso o fez Capitão algum tempo depois, mas os outros companheiros de mar não deixaram barato e o expulsou, nessa hora, os Templários entraram em ação e simplesmente o convenceram de que seria melhor se Kenway adentrasse a Ordem Templária, e não aguentando a pressão, foi convertido. Kenway teve um filho com uma nativa americana, mas ele sempre havia sido um britânico que ajudava os Assassinos. Então nasce 
Ratonhnhaké:ton tradução literária de Mohawk aldeia onde nasceu, viria a ser ''vida arranhada'' em português. Este nome não foi lhe dado quando ele nasceu, mas sim depois que um enorme acidente em sua aldeia aconteceu. Sua aldeia havia sido queimada pelos britânicos e ele teve de ''lutar para sobreviver'', então passou a virar um Assassino por conta própria. Inclusive existe uma hora que Connor (ainda criança) desafia um Inglês adulto para lutar, e pede seu nome para que quando crescesse, ele viesse a morrer. Connor sempre foi um menino corajoso, mas nunca foi alguém vingativo, aliás, ele não sente a mínima falta do pai e quando menciona justiça, é sempre para o seu povo que morreu naquela aldeia. Sua base é diferente da de Ezio Auditore, que permanesceu um imaturo até o momento que ficou velho e sábio. Connor aprendeu a ser sábio desde pequeno e nunca necessitou de ninguém para se virar (uma idéia de floresta isolada a qual a Ubisoft deu foco é uma idéia disso).
Você joga com Connor pequeno, depois adolescente, adulto e velho (após o fechamento do game) e somente em sua adolescência você se torna um Assassino, quando busca a Ordem que existia na fronteira. Até ai o game segue de certa forma linear, mas depois, vários elementos de um Role-Playing Game são introduzidos, para começar, já não existe mais Missões em AC. Agora são categorizadas como Quests e Side-Quests e além disso, também há os Challenges (algo típico de Fallout). E acima de tudo, já é possível fazer as famosas Fast Travels que você vê no Skyrim (se teletransportar sem precisar caminhar para todos os lugares onde você já tenha pisado no mapa). Algo bastante útil para não perder tempo, mas nem um pouco útil para mim, que gosta de apreciar a paisagem tão fodelástica que existe em Assassin's Creed 3.

Já começando minha crítica, vou partir para dizer sobre a nova movimentação e sistema de luta de Connor. Primeiro: você não precisa mais mirar manualmente no inimigo pois a Ubisoft desenvolveu um sistema de mira inteligente para que você só tenha que usar ela quando usar armas de alcance médio e longo (pistolas ou o arco e flecha). De resto, o game fará tudo sozinho para ti e isso torna o jogo mais flexível e mais dinâmico, pois proporciona uma abertura maior para realizar combos mais bem bolados e preparar o terreno para dar o próximo passo ao matar o próximo alvo.

Connor age minusciosamente e para falar a verdade, para todos os que acharam que Assassin's Creed 3 não viria a ser um jogo stealth mais, por conta da adição da pistola, está enganosamente equivocado. AC 3 é o jogo mais stealth da saga e inclusive isso já se afirma pelo nome Connor (amante de lobos, na tradução gaélica). Connor age como um predador e por conta disso aprendeu desde pequeno a subir em árvores e em qualquer superfície orgânica ou natural. Até mesmo na neve, Connor possuí uma habilidade mais aprimorada que seus inimigos, onde mesmo com a dificuldade de andar, ele possuí o parkour para facilitar e seu arco e flecha.

Também se revela na história que Connor não é ancestral de Desmond Miles e que Altaïr e Ezio não eram parentes, mas ambos (Ezio e Altaïr Ibn La Ahad) possuíam parentesco com um novo assassino da Era do Império Romano de 259 A.C (lol, é antes de cristo tá?) chamado Aquilus, e que tudo isso se deve pelas cicatrizes que eles possuem na boca. Mas até ai tudo bem, as coisas só começam a complicar no momento em que Vidic (chefe da Abstergo e Templário) começa a armar para cima de Desmond (não vai ter spoilers deste pedaço).

Agora beleza. Vamos analisar os fatos, a história do jogo é uma das mais completas e acaba solucionando muitas de nossas dúvidas, deixando para o fim do jogo um final muitíssimo estranho na qual questionaremos sobre o destino do Desmond em AC 4 ou algum outro AC que virá a seguir. Mas ainda assim a história é interessante e muito bacana.

A trilha sonora do jogo é bem original e completamente diferente das dos outros títulos, trantando e abordando uma temática mais patriarca dos Estados Unidos da América. Mas mesmo assim, ainda tem todo aquele rebolado das trilhas anteriores, com tons épicos e cheio de mistérios.

Por fim, não se arrependa de gastar seu precioso dinheirinho. A riqueza de detalhes do jogo é imensa, o gráfico está todo refinado e remasterizado com uma Engine muito dinâmica e inclusive no clima (Outono - Inverno, Primavera - Verão). Gaste sem dó seu precioso pois este game MERECE!