STAR WARS - EPISÓDIO I:
A AMEAÇA FANTASMA
Esta crítica pode conter SPOILERS
A AMEAÇA FANTASMA
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A República se encontra em conflito político com a Federação que, secretamente liderada por Darth Sidious, pretende forçar a Rainha do planeta Naboo, Amidala (Natalie Portman), a assinar um contrato comercial. Dois Cavaleiros Jedi, Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) e seu Padawan Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), são enviados para resolver a bagunça. Sidious envia então seu aprendiz, Darth Maul (Ray Park), para caçar os Cavaleiros Jedi e impedi-los de interromper em seus planos.
O filme começa apresentando-nos os dois Jedi, que foram enviados a uma nave da Federação para fazer negociações. O protagonista é Qui-Gon Jinn, interpretado pelo ótimo Liam Neeson, que como de costume faz seu trabalho com competência. Qui-Gon é retratado como um sábio, porém um tanto rebelde, Mestre Jedi, cujas ações ousadas o impediram de entrar no conselho Jedi. Obi-Wan Kenobi é um jovem, porém habilidoso Padawan e o personagem tem o devido destaque, mas o talento de Ewan McGregor não é o suficiente para impedir aquele quem treinou o Batman, liderou o Esquadrão Classe A, foi Zeus e tem a voz mais épica de todos os tempos, de roubar sua cena. A propósito, este seria Liam Neeson.
Aquele-garotinho-que-atua-mal, também conhecido como Jake Lloyd, hoje já crescido, é o intérprete do jovem Anakin Skywalker. Lloyd faz uma representação tão inexpressiva e pouco carismática de seu personagem que fica explicado porque o ator nunca mais foi visto num filme depois deste. Considerando que Anakin já está adulto no Episódio II, poderiam tê-lo também retratado como um pouco mais velho no I, entretanto, isso tiraria um pouco da clichê-mas-agradável história do pequeno garoto peculiar destinado a trazer equilíbrio à Força. Poderiam, então, ao menos ter escolhido um melhor ator-mirim para interpretar aquele que virá a se tornar o maior vilão da história do cinema.
Os efeitos são excelentes, e para a época em que o filme foi feito, não poderiam ser melhores. George Lucas realmente aderiu à tecnologia de CGI disponível, mas isso o tornou também muito mais limitado e inseguro, tendo em vista a inferioridade da Nova Trilogia se comparada à original. Entretanto, Lucas não aderiu-se tanto assim aos efeitos tridimensionais tão famosos e usados nos dias de hoje. O 3D de "A Ameaça Fantasma" é fraco e quase totalmente ausente, provando que o relançamento se trata apenas de uma maneira de fazer mais dinheiro com uma série já consagrada critica e economicamente.
Não preciso falar muito (apesar de que, provavelmente, vou) sobre a trilha sonora de John Williams, não é mesmo? Como sempre, épica e impecável em seu contexto. Como todos devem saber, a trilha sonora de "A Ameaça Fantasma" é a mais icônica da Nova Trilogia por uma simples música: "Duel of the Fates". Aos mais desinformados, este é o tema de Darth Maul. É uma música que, mesmo estando completamente dentro dos tons clássicos de Star Wars, consegue ser unicamente memorável.
Por falar em Darth Maul, o Lord Sith aprendiz de Sidious é o melhor personagem apresentado pelos prelúdios de Guerra nas Estrelas. Sombrio, reservado, monossilábico, com características próprias tanto em personalidade quanto em combate - como a preferência pelas artes marciais do que o uso da Força. Um Lord Sith que diz muito mais com um simples olhar do que o Conde Dooku diz com falas nos filmes seguintes. Sem dúvidas, o melhor personagem de Ray Park.
Conclusão Final: "A Ameaça Fantasma" (The Phantom Menace, 1999) tem dois problemas notáveis: A infantilidade em excesso acrescentada apenas para atrair o público infantil manifestada através de personagens inúteis como Jar Jar Binks, fazendo este público comprar mais figuras de ação do filme, e a confusão em seu clímax. Durante a alucinante cena da Corrida dos Pods, o filme parece estar no final, e o foco principal, originalmente o conflito político entre a República e a Federação, é desviada demais para a peculiaridade de Anakin Skywalker - que ainda por cima, é mal interpretado. Porém, são dois defeitos contra várias qualidades que fazem deste o segundo melhor filme da Nova Trilogia de Star Wars, mesmo não chegando à sombra do nível da Trilogia Original. Recomendado!
Nota: 8.0
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